sexta-feira, 29 de abril de 2011

capitulo 46

Depois do Ruben e da Marta tentarem de tudo para me animar, nunca tendo sorte, acabaram por adormecer, um agarrado no outro. Eu fiquei ali desperto olhando para eles, de uma certa forma fiquei li a inveja-los.. Falava interiormente com Deus, me perguntava se tinha feito lgo para não tar assim com a mulher que eu amo, em vez disso ela estava deitada numa cama de hospital e eu tava ali, curando minhas mágoas. Me sentia cansado, dorido de mais, meu coração merecia descanso, me revoltava porque sabia que a culpa não era dela.. a culpa não era de ninguém, mas eu sabia que não podia deixar minha vida se arruinar e perder tudo pelo que havia lutado, tava ficando desconcentrado nos jogos, mister ja me tinha chamado a atenção e me pôs o próximo jogo de suspensão, não foi de castigo porque ele sabia tudo o que eu tava passando, me deu um descanso para eu por as ideias em ordem.  Os minutos foram virando horas e o tempo foi passando... Ficou de dia, os meus olhos estavam vermelhos e inchados de ter chorado a noite toda.. Me levantei peguei no meu casaco e saí.. Fui directo na Clinica..

Recepção..

D - Bom Dia, gostaria de ver a Tania Duarte por favor.. - os meu olhos estavam em baixo, olhando o chão.

Rec - Deve ser o senhor David, D. Maria deu carta branca para as suas visitas. Sabe que ontem estiveram alguns jornalistas cá - as suas palavras despertaram a minha atenção e o meu coração preocupou-se - mas não se preocupe, não chegaram nem um milimetro perto dela  - ela sorriu-me e isso acalmou-me.

D - Obrigado, sabe se há alguma novidade nos testes dela ?

Rec - Isso é com o senhor doutor, mas se a experiencia não me engana, os resultados ainda são demorados apesar de sermos das melhores e mais eficazes clinicas do país.

D - Bom, eu aguardo pelo doutor então..

Rec - Ele só chega da parte da tarde, e a menina Tania tem alta ainda de manha, acho que ainda se encontra a dormir, sabe que a medicação foi um pouco pesada, estes exames sao sempre muito intrusivos.

D - Obrigada pelo aviso, mas gostaria de ir ve-la na mesma.

Ela me dirigiu ate ao quarto, pousou sua mão no meu ombro, e antes de voltar ao seu posto sorriu-me. Fui entrando, e vi ela muito quietinha dormindo, ela sempre foi assim, quase nem mexia quando dormia, lembrei de como ela gostava de adormecer com a cabeça no meu peito, senti a pressão no meu corpo, como se ela estivesse junto a mim, o que me custou ainda mais..
sentei do lado da sua cama, e fiquei vendo a sua respiração calma..juntei a minha mão na dela e deixei a minha cabeça pousar nelas..falei com Deus.

"Meu Deus, santificado seja o seu nome, perdoe os meus pecados, assim como eu perdoo aqueles que mal me fazem, perdoas os dela também, hoje estou aqui debaixo do seu atento e generoso olhar, pedindo misericórdia, pedindo força e essencialmente ajuda.. Ilumina meu caminho, me faz tomar as decisões certas e tomá um rumo para a minha vida. Sózinho eu nao consigo, sozinho eu me perco por um simples momento com ela, além de todos voce sabe que o meu amor é puro e verdadeiro.. a sua sábia palavra me guia todos os dias em todos os passos da minha vida...- fiz uma breve paragem e suspirei - me ajuda meu deus, meu pai...Amem"

Me deixei ficar durante alguns minutos, até que senti sua mão tremendo, quando olhei para cima, a sua cabeça já estava virada na minha direcção e o seu olhar ingénuo e brilhante me fitava, com uma carinha angélical ela falou para mim..

T - Estas aqui a muito tempo?

D - Não muito, não se preocupa não.

T - Tavas a rezar?

D - Ce ouviu ? - me senti um pouco envergonhado, foi aí que disfarçei o olhar e tentei deslargar a mão, mas ela me agarrou com mais força

T - Não ouvi nada, só te ouvi a dizer amém... - sua voz ainda estava suave e o seu tom era muito baixinho.

D - Ta bom, ce se sente bem ?

T - Estou com uma moleza incrível, mas de resto tudo certo - sorriu, eu gostei de ver ela sorrindo..

D - Ce precisa de alguma coisa? Tem fome ? Quer que vá buscar alguma coisa para voce ? - já me estava levantando, quando ela o impediu.

T - Tudo o que preciso esta aqui..neste quarto ! - fiquei confuso

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(Tania)

Notei que a sua expressão tinha mudado, esta apreensivo o qu eme deu uma certa piada, ve-lo a li, um homem daquele tamanhão desprotegido, encolhido que nem uma criança, metia as mãos nos bolsos e tinha os ombros curvados, olhava-me que nem um cachorrinho. Ele encantava-me, quanto mais o conhecia, mais o queria perto de mim, havia uma atracção muito forte, algo que me levava ate ele.. Algo que me fazia acreditar que quando ele dizia que nos amávamos cada palavra suava a uma verdade absoluta. Era tudo muito confuso, tudo sem preceito e sem a minima lógica para mim..mas eu já não queria saber de lógica, nem sentido, eu queria era sentir tudo aquilo que sentia cada vez que estava perto dele. Estava decidida a não afasta-lo mais..

D - que ce quer dizer com isso ?

T - quero dizer que tudo o que preciso esta aqui, e se saires deste quarto, deixa de fazer sentido... - ele nao esboçou um sorriso como estava a espera mas o seu olhar cintilou e ele voltou a baixar a cabeça..

D - Ce esta confusa, nao sabe o que esta a dizer...

T - A coisa mais acertada que posso dizer neste momento, da qual não tenho duvida nenhuma, é que és a pessoa que mais anciava ver David.. - desta vez ele se aproximou calmamente da minha cama, pousou novamente a sua mão na minha e eu senti o tremor que lhe percorria nas veias, beijou a minha testa e fitou o seu olhar com o meu, a minha respiração acelerou de tanta ansiedade, eu estava a ansiar por um beijo dele - Podes ser mais ousado...beija-me David... - a minha voz enrouqueceu, e eu ía sentindo o perfume da sua pele, o seu odor natural, cada pestanejar seu estava a ficar gravado na minha debilitada memória.

D - Eu não posso beijar voce meu anjo, não desse jeito...ce não sabe o que quer, ta confusa e eu..- agarrei o seu rosto e não o deixei continuar, juntei o nossos lábios com um movimento que inicialmente era brusco mas que rapidamente se tornou numa suave união do desejo mutuo que nos possuía. quase não nos mexemos, eu movimentei-me e depressa voltei a beijar-lhe o lábio inferior, ele agarrou a minha face com as duas mão e puchou-a mais contra a sua sentia o seu expirar forte..Agarrei aquele movimento de forma a faze-lo entender que eu queria muito o que estava a acontecer. a minha boca abriu-se ligeiramente permitindo que eleme apanha-se o lábio e depois eu o dele novamente, o beijo intensificou-se e não tardou que nos entregássemos de corpo e alma á total união das nossas bocas..quando a respiração já nos faltava e os nossos corações já não cabiam no peito de tanto palpitar, como que por telepatia selámos o beijo e voltámos a olhar-nos...Todo aquele intenso momento foi quebrado pela entrada da enfermeira, que coitada da senhora muito atrapalhada, deu-me a noticia que a alta já tinha sido assinada e que podia preparar-me para a minha saída. "Mais tarde o Sr. Dr entrará em contacto consigo" despediu-se e saiu do quarto. O David já se tinha posto de pé novamente e olhava-me mais uma vez confuso e amedrontado..

D - Eu levo você, para onde quer ir ?

T - Para onde tu fores...disse-me sentando-me na berma da cama enquanto vesti-a o casaco.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

capitulo 46

A gente desceu do prédio e quando inicialmente nos dirigíamos para o meu carro que ela propia tinha trazido a umas horas atrás eu corrigi ela.

D - Vamo no carro do Ruben, eu levo para ele e depois pego um taxi. - ela nem respondeu para mim, limitou-se a me seguir sempre olhando o chão.Eu não podia dizer que estava chateado com ela, eu tava chateado com o mundo...Seguimo para a clinica e em todo o caminho todos os perfeitos juizos me passavam pela cabeça, pensava em todas as hipóteses e mais algumas para o que estava acontecendo, mas sabia que só uma pessoa sabia as respostas..a mãe dela ! - chegamos, leva meu casaco que esta no banco de trás nao quero que voce apanhe resfriado não.

T - Obrigado David

D - de nada...

T - David espera..

D - Continue entrando, preciso muito rápido de uma conclusão nesse assunto, preciso de saber o que se esta passando... - a gente entrou e nesse momento estava o médico e um enfermeiro já nos esperando, ele avançou e nos comprimentou, este tinha sido o mesmo médico que a tinha operado e que tinha acompanhado ela desde o inicio.

DR - Menina, o enfermeiro João ira acompanha-la ao seu quarto para se mudar e leva-la a fazer os exames destinados, eu já irei ter convosco, primeiro tenho que tratar de uns assuntos - ele olhou pra mim dando a entender que os assuntos seria eu..

T - Esperas por mim ? - ela olhou para mim como que suplicando para eu ficar, nao resisti meu coração derreteu com o seu olhar.

D - Claro ! - sorri-lhe..ela sorriu-me de novo e seguiu caminho - Agora nós doutor.

Dr - David, a D.Maria deu-me autorização para lhe expor o caso, ate agora ninguem soube o que se estava a pensar.. Voce será o primeiro..

D - Me diga se é grave..

Dr - Não é fatal mas é preocupante sim - o seu ar sério e aquelas palavras me deixaram ansioso e amedrontado, sabia que nao estava preparado para o que vinha aí..- David a falta de memória da Tania não é ocasional nem a curto prazo. Depois do acidente o sistema imutario dela ficou fragilizado, e encontramos um problema na regeneração das celulas cerebrais dela, ou seja os seus neuronios nao disparam os impulsos tao rapidamente como o normal, ocasionalmente essa velocidade aumenta e é nesses momentos em que ela retoma a sua memoria por inteiro, mas dura cerca de minutos, horas no máximo !

D - O que em esta querendo dizer doutor?

Dr - O que a Tania tem neste momento é incurável, porque ainda nao determinamos a sua origem..

D - Ela nunca vai recuperar a memoria é isso ?

Dr - Sim é isso..haverá momentos em que ela se irá lembrar, mas serão passageiros, como o que presenciou hoje ao inicio da noite mas tudo voltará ao que é neste momento.

Tentei..mas nao consegui evitar que as lágrimas me escorressem pela cara, e compulsivamente chorei de tanta dor. Me sentei e levei as mãos a cabeça, e o desespero se apoderou de mim, como podia , o que tinha eu feito para merecer isto ? O que tinha ela feito para merecer isto,,A gente só queria ser feliz, porque estava Deus sendo tao cruel para a gente..Me deixei ficar ali desanimado imaginado o que poderia eu fazer para mudar aquele destino cruel.

D.Maria - David ? -  a sua voz carinhosa me fez despertar daquele trance.

D -D.Maria, nao a vi chegando - disse arrumando o meu aspecto, passando a mão nos olhos limpando as lágrimas

D.M -Eu percebi - ela se sentou do meu lado - presumo que já saibas do problema..

D - Sim o Dr já falou tudo para mim..

D.M - Eu lamento meu filho..mas não ha nada que possamos fazer..

D - Será que não há mesmo.. ?

D.M - Eu sei que custa mas é a verdade, ela nunca se irá lembrar do vosso passado, agora é do presente a diante..

D - Mas eu nao estou nesse presente dela... - as lágrimas voltaram de novo..

D.M - Penso que de uma certa maneira estas... Ela só tem que descobrir isso.

D - Eu nao posso viver nessa angustia... Eu tambem tenho de viver a minha vida sabe, apesar de ela ser tudo para mim, ce nao compreende..mas a gente era muito feliz, a gente ía ter um filho, voce ía ter um neto a gente já tava planeando a tudo junto, já estavamos construindo um futuro como um só.. e agora ? o que é que eu sou ? uma incógnita...

D.M - Não imagino o que seja para ti.. - ela posou a sua mão na minha.

D - Acha que eu deva desistir ? Desistir dela ?


D - Feliz ? Nada me deixa feliz agora..só ela..mas isso é impossivel né... - levantei-me - me perdoa mas preciso de ir, preciso de apanhar ar, aqui estou sufocando..

Sai sem conseguir ouvir o que ela no fim dissera para mim, peguei no carro e fui ate casa do Ruben e da Marta, toquei na campainha e ate ver a imagem do manz cerrei os pulsos..Mas depois me desmanchei que nem criança, ele me abraçou forte e de seguida vi Marta aparecendo.

M - David esta tudo bem ? Que se passa ?

D - A tania, ela esta na clinica - disse largando o Ruben

M - Mas na clinica a fazer o que ? David ela esta bem ?

D - A tania sofre de uma doença incuravel, ela esta perdendo a sensibilidade nas suas células cerebrais ela nao vai lembrar nunca mais.. - entramos em silencio em casa até sentarmos no sofá

M - Como assim? Ela vai sofrer de Alzaimer?

D - Não é a mesma doença mas tem os mesmo principios.. Ela nunca vai relembrar o passado, só o daqui para frente..ela nao vai lembrar de mim, nbem do nosso filho nunca ! O médico me avisou que irá haver momentos que por fenómeno para já inexplicável ela irá lembrar mas por minutos ou horas no máximo e depois tudo voltará ao mesmo gente...a minha vida acabou..

R - Mas tu estas doido...acabou porque ?

D - Manz se mete no meu lugar, consegue imaginar isso acontecendo com voce e com a marta ? Imagine só por uns segundos... - o silencio se apoderou de novo daquele espaço e pareceu nao acabar nunca, ficamos longos minutos assim, a Marta começou chorando e o Ruben voltou a me abraçar.

R - Estou aqui mano, para o que precisares, tudo o que queiras e eu puder ajudar diz-me..eu faço tudo !

D - Obrigada mano, eu precisava da vossa companhia, nao consigo ficar sozinho hoje não !

R - Claro, já sabes que tens aqui o teu quartinho - ele se referia ao quarto de hóspedes que ele sempre se referia como meu. Mas hoje ficamos aqui na sala os 3, vamos buscar os colchões e montamos aqui um pequeno acampamento.

M - Sim - disse a Marta limpando as lágrimas - Vou buscar chocolates e gelados e vamos jogar para nos distrairmos, é isto que as raparigas fazem para superar desgostos de amor, voces homens têm mais musculo mas são iguais a nós emocionalmente..David para estares aqui presuma que a D.Maria já tenha vindo para Lisboa..

D - Sim, ela já chegou..Sr Mário não veio porque esta em viagem de negócios..Ela ficou lá com ela, mas daqui a pouco vai ate casa da Tania, não poderá tar lá muito tempo, hoje ela vai estar sedada para os exames rigorosos que lhe vão fazer.. - meu coração se fazia em pedaçinhos cada vez que lembrava dela ali deitada numa cama apagada!

M - Só nao percebo porque não soubemos isto de inicio, porque nao nos contaram nada..

D - É..mas acho que D.Maria nao pensou que ela tivesse uma recaída tao depressa..

M - Recaída ?

D - Sim ela hoje lembrou Marta ela foi na minha casa depois de ter falado com voce Ruben, passou no cruzamento do acidente e lembrou... A gente trocou juras de amor gente - as lágrimas voltaram de novo - fizemos amor e eu tive ela nos meu braços de novo como antes e do nada ela apagou... - levei as mão a cabeça e me joguei para trás no sofá...

terça-feira, 19 de abril de 2011

capitulo 45 - Parte III

Como é que eu posso explicar ou por em palavras tudo aquilo que senti quando ela falou para mim que lembrava..não posso, não consigo porque foi tudo porque eu esperei. Tudo por aquilo que lutei e sofri todo esse tempo.. Que ela voltasse de novo para mim...

D - Ce lembrou? - eu sorria, estava nervoso e com o meu coração nas mãos - ce tem a certeza? Este pesadelo acabou ? - eu estava agarrando ela pelos braços como que pedindo para ela que só dissesse sim..

T - Sim, lembrei-me de tudo...passei no cruzamento e o acidente, tu, nós os dois ou os três..- senti a voz dela tremer nesse instante, e ela nao continuou e fiou em silencio, eu abracei ela o mais que pude.

D - Tem calma meu amor..não fique assim não, você voltou para mim - dizia afogando minha voz em seus cabelos e sentindo o perfume da sua pele, embriagando-me de amor e saudade.As sua pernas voltaram a prender-me de novo puxando-me ainda mais para ela, eu sorri e segurei a sua cara com as duas mãos, olhei no olho dela que estava húmido com uma ou outra lágrima que insistia em permanecer - Promete que não me deixa mais não ! Eu preciso que voce prometa...

T - Nunca na vida..Eu amo-te David e a maior prova de amor que poderias algum dia me dar já ma deste po resto da minha vida.. - ela sorria o que me deixava doidinho, e tornava aquele momento tao especial, ela sorrindo verdadeiramente sentindo cada palavra que estava dizendo..ela era verdadeira e genuína por isso e por muito mais eu amava tanto ela

D - Ta falando do que ? - estava embevecido olhando nela.

T - De teres aguentado, de teres esperado. Após estes meses todos, tu esperas-te por mim !

D - Claro meu anjo, eu sabia que voçê tinha que voltar. Esperava ate ao fim da minha vida se fosse preciso.

T - Vou fazer-te o homem mais feliz do mundo !
Eu não aguentei mais e pulei de novo de encontro dela, beijei-a com toda a alma e coração que eu tinha...

D - Ce ja me fez isso agorinha mesmo - nao conseguia desgrudar dela, nossa como era bom sentir ela de novo -  Como isso aconteceu, será que tou sonhando ? - a minha expressao ficou mais seria, ela colocou as suas mãos na minha cintura e arrastou-me até si, beijou-me levemente e roçou o seu pequeno e fofinho nariz no meu.

T - Parece-te que estas a sonhar ? - disse sorrindo perfeitamente

D - Parece sonho sim, tá dificil de acreditá - deixei que as nossas testas se encostassem e sorri fechando os olhos.

T- Eu não vou mais a lado nenhum...eu prometo !

D - Promete mesmo?

T - Juro !

D - Jura me amar para sempre ?

T - Ate que a morte nos separe...

D - Ah que nem isso acontece, a gente vira anjinho junto - sorri,brincando, ela riu ate não poder mais depois a gente ficou assim só nos olhando.- podia ficar assim olhando para você para sempre - passei ao de leve a minha mão no seu rosto e ela me retribui com um sorrisinho meigo de menininha como só ela conseguia fazer - txi amo.

T - Eu tambem cada vez mais...- beijou-me e encostou a sua cabeça no meu peito - depois quero mostrar-te uma coisa em minha casa. - eu acenti com a cabeça e murmurei "como você quiser" 

Eu posso mesmo dize que aquele momento era o mais feliz da minha vida ate agora, sentia uma leveza no corpo, como se tivesse flutuando, ela era minha nuvem..mas eu sabia que se agente tinha chegado ate ali superando tudo o que a vida nos jogou pela frente entao haveriam mais momentos que superariam aquele..pelo menos esse era o meu desejo.

T - Agora tens que me largar.. - sussurrou ela no meu ouvido.

D - Ah ce já ta quebrando sua promessa - minha voz se arrastou.

T - Tenho que ligar a minha mãe e subir ao Porto, não és o único que merece saber das noticias, eras o mais importante mas não o único. - ele me deu a mão.

D - vamo junto, eu vou com voce..poso ?

T - David.. não sei se sera o melhor, tenho que dar tempo para a minha mãe digerir isto tudo.. - compreendia o que ela tava falando mas nao deixava de me sentir um pouco aparte - vou ligar-lhe - me beijou ao de leve na boca, pulou da mesa e foi em direcção a sua bolsa, senti um arrepio de frio no corpo, transmitia a sensação de vazio..

T - Mae ?

M - Filha, ja nao me ligavas a mais de um dia, estava a ficar preocupada.

T - Tens razão foi desleixo meu, sabes que entretanto fomos para a festa da Marta e nunca mais me lembrei.

M - o importante é que esteja tudo bem.

T - Esta melhor que nunca maezinha, recuperei a memoria..

M - Graças a Deus meu bem, pedi tanto a deus que isso um dia acontecesse. Marcamos consulta no medico vamos já tratar de tudo para que nada nos apanhe de surpresa...

Subitamente ela deixou de falar no telefone, a sua expressão ficou séria, ela desencostou-o do ouvido fechou os olhos e levou a mão á cabeça, percebi que algo não estava bem nela, corri na sua direcção.

D - TANIA !!! - ela estava desfalecendo nos meus braços, e do outro lado do telefone ouvia a sua mãe chamando por ela, ela voltou a si e me olhou de maneira diferente.

T - Que estas a fazer David ? Larga-me se faz favor.. - ela tentava soltar-se de mim...

D - Ce ía desmaiando,,eu peguei em voce, ce ta bem meu anjo - fui na direcção dela mas fomos interrompidos pela mae dela já gritando o seu nome do outro lado da linha.

T - Mãe ?

M - Filha ? o que aconteceu ?

T - Não sei mãe - ela levou as mãos á cabeça  - nem sei porque estou aqui ou a ligar-lhe...

M - Filha tu ligaste-me para dizer que te lembras-te, que a  tua memória voltou..

T - Mas eu... - ela começava a gaguejar e a soluçar de nervosismo - e unica coisa que me lembro é de estar na festa da Marta...





Eu nao tava acreditando no que estava ouvindo, eu parei de respirar, meu olhar se abriu e as minhas mãos gelaram.. "nao pode ser " eu nao tava percebendo o que se estava passando ali diante dos meus olhos, mas eu não estava aguentando...eu queria gritar, eu estava prestes a explodir..


M - Filha, vou já ligar para o DR. vais directa para a clinica dele, passa o telefone ao David, eu sei que estas com ele, eu reconheci a sua voz, passa-lhe o telefone... - ela me estendeu o telefone e disse para pegar ainda com a sua mão tremendo eu automaticamente peguei nele mas nao falei, o meu olhar estava pregado no dela - David esta-me a ouvir ?

D - Sim - nao conseguia dizer mais nada,

M - David ouça-me com atenção, eu já percebi o que se esta a passar, voce tem que a levar na clinica o mais rápido possivel, vou descer a Lisboa e mal chegue explico-lhe tudo, agora por favor leve a minha filha ao Dr. ele saberá o que fazer. Percebeu tudo o que eu disse ?  David ? Voce esta a ouvir-me ? David...?

D - Entendi..eu levo - pousei o telefone e fiquei a olhar para ela, que estava encostada a parede olhando-me com cara de assustada... - ce não lembra nada ? - nesta altura já me preparava para chorar, nao deixava de ser menos homem por isso mas me senti que nem um neneim - nada ?

T - Eu vinha ter contigo, depois de uma conversa com o Ruben eu vinha ter contigo, pedir-te desculpa..e estou a ser-te sincera, o que tens passado ultimamente...e o facto de a minha vida estar uma confusão que nem eu propia percebo, magoa-te a todos os minutos...eu sinto esta atracção inesplicavel por ti..mas eu nao sei explicar o que é, o que sinto ou penso e tudo tão dificil David..só não quero magoar-te...

Nesse momento já não havia sangue que corresse pelo meu corpo, ele tinha gelado e se movimentava lentamente fazendo todo o segundo parecer tortura de tanta dor. Eu tinha que perceber..

D - Vem, pega na sua mala..a gente vai no médico agora mesmo....- precisava de uma solução rapida que me explicassem o que se estava passando na minha vida..sim na vinha vida..porque ela era a minha vida !

quarta-feira, 13 de abril de 2011

capitulo 45 - Parte II


Dirigi-me ao carro dele, admirei-o ao longe, como era lindo, elegante e charmoso ! A imagem de David surgiu-me logo no pensamento, deslizei a minha mão pela chapa branca daquele carro, só parei quando vi o meu reflexo no vidro da porta do condutor, estava com uma image um pouco desleixada. Entrei e revi-me no retrovisor, dei um jeito ao cabelo, passei um gloss pelos lábios e arranquei em direcção a casa dele, seguia ao ritmo do meu coração, acelarademente....Ía perdida nos meus pensamentos,quando pus o pé ao travão, e muito bruscamente paralisei psicologicamente e fisicamente, empaledeci e os meus olhos esbugalhados não viam a realidade e relembravam o passado... Reconheci aquele cruzamento, rápidamente um turbilhão de imagens passou pela minha memória..as minhas pernas tremiam e eu sentiam-me como que programada ! Todas elaa estavam a voltar, todas as recordações surgiam como fotografias a serem revelados a cada microsegundo.  Começava a ouvir uns barulhos de fundo, mas ainda muito longe e como que derepente esse mesmo barulho fez-me despertar daquele trance assustador. Tive que encostar o carro, e respirar fundo algumas vezes, mas nem assim consegui evitar, e toda a dor que tinha no peito se desmorunou em lágrimas e soluços constantes que por mais que quisesse controlar saim descontrolada e descompassadamente. A ima gem de David preencheu-me de novo o pensamento, mas desta vez de uma maneira diferente, a imagem reflectia uma imagem de tristeza e amargura... A imagem da minha barriguinha surgiu por ultimo e aí deixei a cabeça cair sobre o volante. Senti-me desfalecer, olhei em volta e recordei todos os instantes daquele maldito acidente, os barulhos das sirenes e a ultima imagem a de um paramédico acalmado-me e massagando-me o peito... "Meu Deus" suspirei...Liguei de novo o carro e depressa continuei o meu caminho em direcção a casa dele.. Estava cada vez mais anciosa, sentia tantas saudades dele...Foi esse sentimento que fez com que explodisse na sua direcção..anciava cegamente os braços dele.."O meu David" exclamei entre dentes.. Quando parei em frente ao seu prédio sorri e depressa subi com destino ao seu andar, toquei a campainha, cerrando os dentes e com o coração esperançoso nas mãos.... Senti a pressão dos seus pés embatendo no chão caminhando em direcção a porta, tremia, toda eu tremia...Aquele era o reencontro, aquele era o momento ! A porta abriu-se e a sua expressão de admiração instalou-se na sua cara... Em 2 breves segundos fixei o meu olhar no seu, e vi os seus olhos verdes confusos reluzirem e brilharem ao me ver, aquela foi a reacção que eu precisava. Fui na sua direcção e anulei todo os espaço que nos separava, pousei a minha mão no seu rosto e nao aguentando mais puxei-o em direcção ao meu beijando-o desejosamente, deslizei a minha mão pousando-a nos seus ombros e com a outra rodiei as suas costas sentindo-o batendo levemente em mim...
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(David)
Ainda estava estático sem saber o que fazer ou dizer, ela estava ali a minha frente do nada sem aviso, o meu coração aqueceu e comoçou bombeando fortemente, e quando eu me preparava para dizer algo, ela não me deixou..só tive tempo de sentir o embate dos seus lábios nos meus, o claor da sua fina e delicada pele que nem seda se juntou a minha..sem eu dizer nada, sem eu pedir nada..ela se voluntariou a faze-lo o que me deixou num estado de felecidade extrema. Não queria parar aquele beijo por mais perguntas e duvidas que me passassem pela cabeça.. Senti as mãos dela deslizarem sobre o meu pescoço, era um prazer que dava a sensação que ardia na minha pele cada toque seu. Os lábios dela procuravam os meus loucamente, imploravam que correspondessem, que deslizassem com os dela sassiando todo o desejo que a gente sentia um pelo outro, desloquei uma mão fazendo força para fechar a porta, e os nossos movimentos um com o outro eram tao bruscos que a gente se jogou contra a porta fazendo ela fechar com um grande barulho. Coloquei as duas mãos contra a porta, deixando que ela ficasse no meu meio, suas mãos continuavam deslizando sobre o meu corpo, apertavam e arranhavam fazendo-me tremer e suspirar de desejo. Aquele beijo foi um beijo cheio de amor desejo, foi fogoso, foi tudo o que eu sempre quis e o que mais desejei em todos todo este tempo, como tinha saudade dela, como tinha saudade daquele tesão que ela provocava em mim, me deixando louco, me levando nas novens e nunca ficava sassiado, queria sempre mais! Junto dela eu nao conseguia parar, eu implorei que aquele momento nao acabasse que ela nao parasse nunca, tinha medo que ela fugisse de novo e se fecha-se no mundo de duvida dela. Por isso nao parei, não quis saber porque, nao queria interromper. Me joguei de cabeça e deixei explodir por todo o sentimento que ela provocava em mim. Agarrei-a pela cintura e con força apanhei e abraçei seus gluteos contra mim, ela no meio daquele beijo interminável me apanhou o labio pressionando com os seus numa suave masm pressionada mordidela, me faz não parar mais. Levei-a para o quarto e nao querendo esperar mais com um unico movimento feroz tirei tudo o que tava na mesa e sentei ela lá, puxei todo o vestido para cima enquanto explorava todo o seu pescoço cheiroso..Ahhh mas que excitação que estava, isso notava-se em cada toque meu. Parecia que queria fundir minha pele com e dela. Ela tava que nem eu, se contorcia, me puxava para ela, me queria tanto quanto eu a ela, tanto tempo passou da ultimas vez que senti isso. Sem nunca desgrudar a minha boca dela, tomei-a só para mim naquele momento, ouvi-la gemer, sentir suas pernas entrelaçadas em mim e ela puxando o meu cabelo de prazer me deixava em extase de tanto desejo. Foi uma acto louco mas foi um acto louco de amor... Quandon senti toda a exteriorização daquele momento, ela ía largando meu cabelo e as suas pernas escorregavam pelo meu corpo com todo aquele suor. O medo se apoderou de mim, implorava para ela nao ir embora, olhei-a e senti-a os meus olhos bem grandes fixando nela e vendo o seu sorriso esboçando a cada segundo, ela fechou os olhos inclinou a cabeça para trás e suspirou, largou uma gargalhada e voltou a me olhar, eu estava fixo sem me mecher, meu coração parecia de vidro aterrorizado e com medo de quebrar....

T – Sorri – disse enquanto passava a sua mão na minha cara – tenho saudades de te ver sorrir meu amor – eu sorri, eu sorri de alegria de emoção..ela me chamou de amor, eu nao tava percebendo mas nao queria perguntar – Eu lembrei David, eu lembro-me de tudo !!

terça-feira, 5 de abril de 2011

capitulo 45 - Parte II

D - Porque ta olhando para mim ? - perguntei claramente nervoso, ela nao me respondeu continuou olhando - Nao vai fala nada ?

T - Estou so a olhar-te.. - deu um passo em frente e olhou nos meus olhos.

D - Então ce vai ficando so olhar sem fala nada eu vou indo - disse muito decidido implorando que ela me parasse.

T - Acho de muito mau gosto saires sem te despedires de ninguém, ainda por cima vais e nem dizes a Marta - ela disse aproximando-se um pouco mais de mim, ía para responder mas fui interrompido pela entrada do Rúben.

R - Mano estacionei o meu carro em frente ao teu, tive que o mudar de lugar porque tava a tapar a saída de alguns carros - disse em modo apressado, nem olhou para mim, se nao tinha visto o meu revirar de olhos.

D - Poh, mas assim tapou a minha - falei para ele num tom um pouco agressivo

R - Pensei que quando saísses me avisavas primeiro, ou a  Marta. Sendo assim - atirou-me a sua chave do carro - Leva o meu, estou demasiado ocupado para ter que ir mudar tudo de novo.Amanha trocamos antes do treino.

D - Ta bom, nao tou com cabeça para reclamar nao irmão..Foi uma bela festa muito obrigado pelo convite - Esta despedida não foi bem direccionada para o Rúben, pois o meu olhar fixou no dela, o que provocou o meu coração bater forte. Ela sorriu ironicamente e ao virar as costas ainda ouvi ela dizendo " Es tao engracadinho "  e ela continuou andando em direcção ao jardim, eu virei costas e continuei o meu caminho, estava me sentindo chateado, eu penso que seja comigo mesmo, porque estou sempre fraquejando perante ela. Ficava sempre pensando que tudo iria voltar a ser como já foi.. Quando entrei no carro, peguei no meu celular e vi o que me tinha escapado estas ultimas horas. No meio havia uma mensagem da Inês, quando vi seu nome no visor, estremeci e me pesou o coração.Come é possivel, me esqueci dela.... Liguei para ela e depois de ouvir umas boas pedi para ela me encontrar lá em casa.

D - Vai entrando - disse quando ela tocou e eu abri para ela, foi entrando sem me cumprimentar, vi logo que nao seria uma conversa nada fácil - Pode sentar..

I - Diz lá porque me pedis-te para vir - disse ao sentar-se, sem nunca olhar para mim..quando se sentou cruzou a perna e me fitou finalmente.

D - Percebo porque esteja brava comigo Inês, o que fiz hoje para voce não se faz pra ninguem não, me sinto culpado, me sinto muita má pessoa..pedi para voce vir para me desculpar pra voce.. - disse o mais sinceramente possível.

I - Podias ter ligado - disse muito secamente

D - Não podia não, lá são coisas que se trate por celular Inês, quis falar para voce cara a cara.. Eu vou por o jogo todo em cima da mesa, como devia ter feito logo de inicio. - ela olhou para mim, notei trsiteza no seu olhar - Eu não vou enganar voce Inês, alias eu sempre falei para voce o quanto a Tania sgnificava para mim, e a importancia dela na minha vida. Inês eu nunca vou por nada a frente dela, não há nada que faça com que eu nao deseje tar com ela... - fiz uma pausa e senti as minhas mãos tremendo, a verdade é que eu sentia cada palavra que estava dizendo, isso me deixava inquieto, porque eu já sabia que apesar de todo o meu amor pela Tania, no fundo gostava de ser mais forte e nao depender tanto emocionalmente dela  - Nesse momento Inês eu vou magoar voce, e ce é uma garota bonita, moderna..não tem qualquer problema em arranjar alguem que a faça feliz, nao fique esperando que eu sinta diferente..não esteja a espera que esqueça ela agora, porque nao vou ser cpaz não. - olhei para ela esperando uma reacção.

I - Estives-te com ela hoje ? - o seu olhar abatido fitava o chão da minha sala, sem nunca levantar o seu olhar perguntou aquilo que eu sabia que ela tava querendo saber - Beijaste-a ?

D - Beijei sim.. - nesse momento ja não era ela que não olhava para mim, era eu que que olhava para o tecto relembrando o beijo caloroso que a gente trocou na festa da Marta, tentei desviar esse pensamento e voltar de novo ao mundo real.

I - Alguma vez pensas-te em mim ? - a sua voz falhava, eu não conseguia responder aquela pergunta, eu nao podia dizer para ela a verdade e machuca-la desse jeito. Por isso deixei que o meu olhar falasse por mim. Ela ficou em silencio, vi ela limpando ligeiramente uma pequena lágrima e se preparando para levantar.

D - Inês quero dizer que gostei muito de te conhecer, voçê é muito bacana... Sempre  que quiser me pode dar uma ligadinha ta bom, adoraria ser seu amigo..- eu sabia que aquilo nao seria o que ela queria ouvir mas nao conseguia prometer mais nada nesta altura.

Ela nao respondeu para mim não, acenou com a cabeça positivamente e saiu... deixei-me ficar pelo sofá, vivendo cada segundo da minha vida angustiado.

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(Tania)

Depois do David sair, o Rúben aproximou-se muito lentamente da minha pessoa.

T - Vens com cara de caso - disse levantando a sobrancelha - diz lá o que vais pedir.

R - Quero que pares.. - ele olhou para mim com uma expressão séria, percebi que nao estava a brinca.

T - Não sei do que falas Rúben, podes ser mais especifico.

R - Quero que pares de o fazer sofrer - olhou para o chão - Não quero que me aches insensível Tania, não imagino pelo que estejas a passar, é uma situação bastante complicada, o que te aconteceu...Mas nao podemos esquecer que tambem aconteceu ao David...nesse acidente de carro tu perdes-te a memória... - eu escutava-o atentamente á medida que o meu coração descontrolado quase me saía pela boca - mas ele perdeu a namorada, a pessoa por quem se apaixonou perdidamente, e o seu filho.. Sim..ele já so pensava e falava nisso.  Ele espera por ti, ele nao pensa em mais ninguém, mas Tania - pegou-me de leve na mão - se sentes que não és capaz, deixa-o ir.. por favor deixa-o ir...


Ficamos breves minutos em silencio, ele beijou-me a testa e seguiu o seu caminho, eu fiquei com o casaco dele sobre os meus ombros, paralisada, a analisar todas as palavras que ele me tinha dito. Tomei uma decisão, lembrei-me que o David tinha deixado as chaves do carro quando saiu na mesinha da entrada.