quarta-feira, 19 de outubro de 2011

(narrador)

Quando o sinal caíu, David nem queria acreditar, sentiu-se amedrontado, ainda a pouco haviam voltado para Portugal e Tania já não estava com ele, o olhar dele mudou, sentu-se de novo sozinho, sentiu um terço daquilo que havia sentido antes de partir para Inglaterra e ficar com a sua amada. Não conseguia pensar em muita coisa, e ficou ainda mais apavorado quando viu o manz de mala na sua direcção,que olhou em volta, com uma expressão de dúvida, o seu sorriso meio trocista e confiante realçou-se e perguntou:

R -Então as meninas ? - perguntava curioso.

D - Poisé.... - olhou-o nos olhos e sentou-se numa cadeira que estava na sala aonde já ninguem se encontrava. - Ce não tem nada para me contar meu irmão ?

A cara de passividade do Rubén, intrigava David, a postura desolada de David confundia Ruben, este abanou a cabeça parecendo que estava a sacudir ideias, olhou em volta, pousou a sacola no chão e voltou a perguntar.

R - Mas tá tudo doido ? A Marta e a Tania?

D - Ce foram cara.. - falou num suspiro audível, em forma de desabafo. Levantou-se coçou a cabeça.  Meio que fechou os olhos, não tava acreditando que tava ali naquela situação..sem saber o que dizer.

R - Mas o que é que tu estas para aí a dizer, foram andando para o restaurante? Não íamos jantar todos juntos ?  - estava a ficar nervoso, ele começava a pressentir que algo se passava.

D - Nem eu sei mano, a Marta..ela - voltou a suspirar  - eu acho que ela ta com duvida - o sofrimento do David em ser o mensageiro de todo aquele acontecimento era notório.

R - Duvidas ? De que ? Do restaurante- franziu a sobrancelha.

D - Não cara...não há restaurante nenhum, a gente já não vai mais jantar...elas se foram !!! A marta ta com dúvida em relação a VOCE - realçou com as mãos apontadas a ele, para nos segundos seguintes se arrepender e coloca-las nos bolsos como forma de arrependimento - A marta tá com dúvida do casamento... - David despejou tudo o mais depressa possível, e quando acabou ficou a olhar o amigo, interrogando-o pensando que se ele tivesse no seu lugar, estaria arrancando os cabelos.

O Rúben apenas abriu a boca mas de lá nada saiu, ele ficou parecendo uma estátua de gelo, sem se mexer, sem gesticular um unico milimetro do seu corpo. A sua cara transmitia o que o seu coração pesava...e pareciam toneladas. O David olhava-o esperando alguma reacção sua.
Deu um passo em frente, e a sua expressão enternecida enfrentou o semblante carregado do seu amigo.

D - Manz... - meteu a sua mão no ombro.

R - Repete - disse fechando os olhos e cerrando os pulsos.

D - O que.. - fez-se despercebido para não passar de novo pela mesma situação.

R - A Marta deixou.. - engoliu em seco - A Marta deixou-me ? - encarou-o de olhos bem esbugalhados, rasos de lágrimas de trauma.

D - Eu ainda não percebi Ruben, não deu para perceber bem, porque isso é negócios das meninas, mas eu não acho que ela deixou você não..Ela ta insegura, diz que você já não ama do memo jeito, não toca ela como antes, essas  coisas... - ele desviava continuamente o olhar entre o seu amigo e o chão.

R - Ela o que? Mas ela ta maluca ?? Endoideceu ? - levou as mãos á cabeça e andava as voltas de um lado para o outro.

D - Não fala assim..

R - Nem venhas com esse teu coração de manteiga amolecer as coisas David. - a sua mão aberta estava agora a frente da cara do David, que a apanhou com força, e falou muito seguro de si.

D - Ce deixa de ser bobo cara !!! Ela ama voce, ce ela ta doida é por te amar de mais..ela fugiu porque não sente o mesmo amor de volta...e eu sei o que isso é..pelo menos já soube. Por isso se toca,e pensa se não andou mais desligado, mais distante. Principalmente agora que ces tao casando.. Ce tem ajudado ela com tudo ?

Os olhos do Ruben oscilavam lateralmente procurando uma resposta rápida que não veio.. Olhou o chão, largou a mão do David e deu dois passos para trás.

R - Será ? - voltou-se de novo, e por breves segundos o silencio foi unico naquele espaço. O David interrompe-o.

D - Será..será o que ? - perguntou-lhe

R - Que ela tem razão...Eu... Eu não... - gaguejava  em sinal de fraqueza, no seu intimo reviveu os ultimos tempos e as imagens dela surgiam na sua cabeça, desta vez revia todos os momentos como espectador...Não fizera de propósito, nunca se magoa a pessoa que ama intencionalmente, não quando esta não fez mais nada senão ama-lo e aceita-lo da forma que é. Ele gesticulava a boca mas nada saía de novo, sorte a dele de ter o seu amigo ali mesmo do seu lado.

D - Te calma Rúben ces se resolvem..Não acabará assim desse jeito. Agora temo de ir, tá ficando tarde.

R - Eu preciso de falar com ela David, eu preciso de a ver e de esclarecer isto tudo.. David eu não sou como tu, eu não sei..eu não saberia lidar com a perda dela. Ela é a minha mulher, a minha pessoa, David ela é a Marta tu sabes...Diz-me...diz-me por favor onde ela esta. - o seu olhar de menino implorava a David.

D - Ce acha que se eu soubesse a gente já nao tava indo ter come elas ?! Eu não sei, a Tania não falou para mim, já sabia que eu não ía conseguir esconder isso de você. Só sei que elas se foram, e eu tenho que estar esperando por um telefonema da minha namorada - disse meio que revoltado - por isso só resta esperar.

O Rúben levou as mãos a cabeça, o sinal de desespero dos dois era evidente a qualquer olho mais atento, mas eles estavam sózinhos, olhando-se..O Rúben aflito por estar a perder o seu amor, David revoltado por não ter a sua menina bem perto de si como ele sempre gosta.

Eram duas da manha em Portugal, oito no Brasil. aterradas a duas horas naquele país, Tania e Marta decidiram sair do seu hotel e caminhar pelos calçadões que se estendiam pelas margens daquelas belíssimas praias. Levavam uma garrafa de água na mão, uns calções e um top mais para o largo dando o ar de meninas, mulheres casuais, mas chiques. Tania olhava em volta atenta, no jeito das pessoas que a rodeavam, o jeito de falar do seu David, que ela tanto adorava, agora se proliferava em toda a sua volta. O ar quente que ainda se fazia sentir naquele país apesar de já ser Outono, levava o cheiro do mar, e uma brisa leve trazia a imagem de David todos os segundos á sua lembrança.

M -Desculpa - despertou a sua amiga das suas fantasias.

T - Desculpa de que parvinha ? - sorria cúmplice, dando-lhe um abraço.

M - Sei que querias tar aqui com ele, este é o seu sitio, deves tar farta de pensar nele, e eu tirei-to de ti.

T - Não digas isso, o David será meu ate ao resto dos meus dias. Mas agora, precisas de mim e eu estou aqui e é tudo o que interessa. - deu-lhe uma pequena festa na face, e retomaram a sua marcha lenta ao longo de todo o calçadão.

M - Como tens tanta certeza disso ? - interrogava Marta

T - Disso de que ?

M - Ate ao resto dos teus dias... Que durará ate ao resto dos teus dias?

T - Porque sei que só ele me faz feliz.. - disse sorrindo

M - Mas como sabes disso, nunca sabes se pode haver mais.

T - A cada minuto que estou com ele sinto que o meu coração vai explodir... Chego a temer pela minha vida - soltaram ss duas uma forte gargalhada - Eu sei Marta, eu sinto e é a unica coisa de que tenho a certeza. Eu amo-o e ele ama-me de uma maneira especial e absurda, acredita em mim.

M - É isso..e so isso que me falta. Essa certeza - desta vez o olhar de Marta centrava-se no chão.

T - A certeza que ele te ama ? Incondicionalmente .. - Tania volta a interromper a sua marcha.  - Ele ama Marta... - segurou-lhe na mão.

M - Então porque não o sinto ?

T - Porque queres desesperadamente senti-lo... Tu és uma pessoa apaixonada, tu vives intensamente a tua vida e a dos outros também, mas nem todos são como tu. O Ruben é mais ou menos - sorriu - só anda mais distraído e ocupado estes ultimos tempos.

M - Mas euq ueria aquilo que tu tens...Tu és a distracção do David, é para ti que ele vive. Tu é que ocupas o seu coração e os seus pensamentos.

T - Marta, eu e o David somos diferentes, não podes nunca comparar.

M - Pois, não se pode comparar os homens, e ainda dizem que todos são iguais... - a Tania olhou-a, agarrou-lhe o braço e muito ciente de si disse-lhe.

T - Eu e o David somos diferentes porque vamos viver sempre com o fantasma da perda entre nós..Porque perdemos um filho - os oculos de sol escondiam as lágrimas que se formavam no seu olhar - porque em tempos nos perdemos a nós. E por agora vivemos todos os minutos como se fosse os ultimos, pensas que eu não sei que ele ainda não confia totalmente em mim? Claro que sei, eu sinto no seu olhar, ele não gosta de fazer nada que me possa chatear apenas porque tem medo que eu vá embora.. Um dia ele pode-se cansar dessa insegurança e ser ele a deixar-me e a fugir de mim como eu fugi dele.

M - Ele nunca fará isso..

T - Não sei Marta, cada um tem os seus medos e as suas inseguranças..nunca será nada perfeito porque nós somos imperfeitos. Mas não podemos fugir da nossa felicidade como tu estas a fugir da tua.

M -  Se ele me amar virá trás de mim...- disse escondendo-lhe o olhar envergonhado.

Tania finalmente percebeu todo aquela situação, ela estava testando o Ruben, sorriu e abanou a cabeça.

T - Podiamos ter ido para Espanha que era logo ali ao lado - gosou com a situação.

M - Assim seria fácil de mais.

T - Já posso ligar ao David? Ele nunca virá atrás de ti se não souber onde tu estas ?

M - Sê discreta, porque ele é um orgulhoso e um teimoso...e desta vez eu quero ganhar..- o semblante preocupado da Marta, fez Tania temer a reacção do Ruben.

......

Quando David olhou para o visor do seu telemóvel, o seu coração deu uma passada mais forte.

D - Tnaia ?

T - Como estava anciosa por ouvir a tua voz - suspirou

D - Tava vendo que não, ce faz ideia como a gente se ta saindo aqui ?!

T - Hummmm não muito bem.. pela tua voz, que estas a arrastar ligeiramente...- Tania percebia que David estava tocado.

D - O que eu ía fazer mais, um homem tem o seu jeito de lidar com as situações, e neste momento o Ruben esta dançando com o pilar do bar no meio da pista.

T - Imagino..como esta ele ?

D - Para alem de bebado ?  - suspirou - destroçado, temendo perder a Marta.

T -Mas para onde é que vocês foram ? Não se espuseram assim feito malucos.

D - Ce ta achando que sim, já não ta ninguém aqui, os empregados já estão limpando o bar, só o Ruben esta feito idiota de uma lado para o outro, falando com o ar e lembrando todo o santo momento que não deu atenção na Marta, e depois se põe justificando, acho que no fundo ele esta esperando que ela ouça.

T - Já estou a ter uma ideia do que estas a passar meu amor...desculpa.

D - Ce não tem culpa né...

T - Tenho sim, eu prometi nunca deixar-te..

D - Ce não deixou...a vida não é como agente quer a toda hora. ce voce tiver comigo me amando do jeito que amo voce é tudo o que eu preciso.

T - Não tu mereçes muito mais.. Mas esta na hora de acabarmos com essa distancia que nos separa, tou a morrer de saudades tuas e do teu corpo bem perto do meu.

D - Eu tou dando em doido..ce não imagina. Qual é o plano para esses dois acabarem com essa loucura.

T - O plano - sorriu - estamos muito mafiosos David Luiz.

D - Brasileiro é fera amo...

T - Eu sei, eu sei ...

D - Ces foram no Porto ?

T - Um bocadinho mais longe....

D - Então não tou vendo, me diz..

T - David nós estamos no Rio..

D - Hein ?  no rio, que rio ? No Tejo ?

T - Não - gargalhou Tania perante a inocencia do seu amado - Nós estamos no Rio de Janeiro amor. Nós estamos no teu Brasil a vossa espera.

David pulou da cadeira, não acreditando...

D - VOCES ESTAO NO BRASIL ?!!!

R - Quem ? O que ? BRASIL ?

T - Calma...estamos bem, estamos a vossa espera.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Captulo 58 - David o eterno 23

(Tania )


D -E esse cheiro de tinta fresca ?

R - Este piso foi pintado esta semana - disse o ruben enquanto saíamos do carro, olhei para o David e olhar dele estava perdido em todo o espaço que nos rodeava.Olhava em volta nostálgico, sem lhe tocar percebia que o seu coração estava descompassado. Aproximei-me dele e ao de leve sem o querer assustar, entrelacei a minha mão na sua. Ele apertou-a, mas sem nunca me conseguir fitar nos olhos, depois de alguns minutos percebi que nem ele queria que eu notasse a sua vulnerabilidade, porque ele era o meu pilar, era a minha força, e ver essas duas versões dele, so me fazia ter certeza que ele era sim o homem com quem eu queria passar o resto dos meus dias.

R - Bem, agora a Marta fica com a Tania - já sabes o que fazer amor? - olhou-a muito descontraído. E então foi nesse momento que algo me abalou, me fez duvidar.A resposta da minha Marta.

M - Sim sei - rodopiou o olhar, nao o encarou, não o beijou de despedida, não lhe desejou boa sorte..nada ! acenou com a cabeça afirmativamente e simplesmente começou a sua marcha em direcção ao grande corredor de acesso ao interior do estádio. Eu e o David ficamos no mesmo sitio onde estávamos, ate decidir seguir o passo da Marta.

T - Vai meu amor, sei bem o quanto vais adorar reve-los a todos. - enquanto lhe passava a minha mão na sua face, ele sorria e ouvia-me atentamente.

R -Vá já chega pombinhos, daqui a pouco estão juntos de novo - disse o Ruben revirando os olhos - Eu depois indico-te onde elas estão e irás ter com elas.

E assim foi, entramos todos no corredor, para depois a minha mão se soltar do meu David, pois seguiriamos caminhos opostos, já nesse segundo eu sentia a saudade dele. Sorri com tal pensamento, e enquanto caminhava a passos largos tentando alcançar a Marta, olhei uma ultima vez para trás só por instinto, apenas serviu para me deixar ainda mais feliz, pois o meu olhar encontrou o dele procurando-me, fiz questão de rodopear sobre os meus pés lançando-lhe um beijo, e acenando-lhe com um adeus. Ele sorriu, e só com isso ele me deixava estonteante... Céus como o adorava.  De volta a realidade, chamei..

T - Marta - mas ela não abrandava o passo, não olhava para trás - MARTA ! Espera - mas não obtinha resposta, e ela sem nada me dizer só parou a sua marcha acelerada quando entrou numa porta do seu lado esquerdo, corri um pouco desajeitada devido aos saltos que trazia e deparei-me com uma imagem angustiante. Os seus braços prendiam-se com força ao lavatorio, curvada o seus cabelos descaiam sobre si, tapando aquilo que mais tarde as minhas mãos fizeram questão de mostrar. Ao afastar o seu cabelo, ela me olhou, com os olhos rasos de lágrimas, uma expressão triste e desiludida a embriagava. As minhas mãos seguraram a sua cara pesada, eu olhei-a com duvida, expectante.

T –  O que se passa Marta ? Podes-me contar tudo, sabes que sim – a minha expressão já era de desespero, não saber o que estava a causar tanta mágoa a minha amiga estava a deixar-me frustrada.

M – Não vês..- inquiriu ela sem nunca me olhar directamente, virou-me as costas, e agarrou num lenço de papel para se limpar – esta claro como água.

T – Mas o que Marta, do que estas a falar?  - agarrei-lhe suavemente nos ombros, de modo a que ela fixa-se o seu olhar em mim.

M – Do Ruben.. – as lágrimas voltaram, ela bem que tentava cerrar os dentes e manter aquela armadura de pessoa forte como sempre fora, mas o Ruben era o seu ponto fraco, desarmava-a completamente, e eu sabia-o, ela sabi-a e toda a gente sabia.. – Ele já não me ama… - a sua voz mostrava a sua alma, rouca, sem forças..sem poder.

T – Que disparate é esse Marta Costa? – o meu olhar duvidoso, perguntava-lhe que raio estaria ela a dizer.

M – Não tens estado cá, tens estado a viver o teu conto de fadas – estas ultimas palavras saíram mais
asperas do que as anteriores, notei no seu olhar a revolta..o ciume..deixei cair as minhas mãos sobre o meu tronco,para depois cruza-las sobre o meu peito, preparando-me para ouvir as suas explicações – É claro que estou feliz por ti, muito feliz por ti – olhou-me directamente – mas o vosso regresso só veio trazer todas as certezas as minhas duvidas. O Ruben já não me ama Tania.

T – Marta, não estou a perceber nada..vocês vão casar em três semanas! – elevei a minha voz assim como as minhas mão de modo a achar algum sentido naquilo que aquela miuda estava ali a minha frente a dizer.

M – Eu já não sei nada… - desatou a chorar desalmadament, eu abracei-a e embalei-a nos meus braços. – 
A forma como o David te olha, a maneira como te toca, como se fosse a primeira vez, ele é louco por ti..O 
Ruben já não olha para mim desse jeito, não me toca com a mesma intensidade, não me deseja como antes.

T –Mas o que mudou para pensares dessa forma? Eu não acredito nisso Marta..eu não posso acreditar.

M – É como te digo, é dessa forma, antes a nossa relação era fogosa, apaixonante,sempre que ele tinha jogo fora corria para os meus braços no seu regresso. Ele desajava-me mesmo ate quando dormia, uma mulher sente Tania, tu sabes bem disso…

T – Sim, mas já falas-te com ele ? Já tentas-te perceber o motivo..Marta tu não precises que eu te relembre que vocês vão casar..- na verdade eu não sabia o que dizer, tudo aquilo me tinha apanhado desprevenida.

M – Já tentei, mas ele nunca tem tempo..nunca esta lá para mim, ou por que tem treino, ou entrevista ou jogos ou são os almoços e jantares em casa dos pais. Tudo e mais alguma coisa, tudo menos eu…eu fiquei para trás.

T – Então ele não sabe como te estas a sentir, todas as tuas duvidas em relação ao vosso casamento?
M – Não porque ele, só olha para ele próprio nestes ultimos meses…Mas tentei mostrar-lhe, tenho sido mais fria para ele..mas nada ele nada..

T – Marta isso não são maneira de resolveres as coisas…Isso só serve para vos afastar amiga, é isso que queres ? Tenho a certeza que não..

M – Resultou contigo – o seu olhar fulminou-me, ao qual eu tive que fugir..

T – É diferente..Não comestas os mesmo erros que eu… - virei-lhe as costas tentando não mostrar o meu profundo arrependimento.

M – O que é que o David não fez por ti ? Diz-me…Ele foi incansável…o Ruben não seria igual. 

A conversa começava a preocupar-me, a insistencia dela ao comparar o meu relacionamento com o dela.. Isso era impossivel, não tem nada a ver, ela sempre teve uma relação saudavel com o Ruben, eu e o David só conseguimos alcançar paz nestes ultimos 6 meses, e na minha maneira de ver mais do que merecidos! Mas eu compreendi-a, uma mulher quando não se sente desejada pelo o homem que acompanha endoidece, mas eu sabia que ela era forte, o problema da Marta era ser forte de mais, era ser demasiado parecido comigo. Ela tinha que falar com o Ruben.

T – Voces têm que falar Marta, voces tem um casamento marcado, mas acima de tudo voces amam-se…eu sei que amam..eu acredito em voces da mesma forma que voces acreditaram em mim e no David, e olha aonde isso nos levou..Porque nunca desistimos, porque quando se sabe e se sente que encontramos a pessoa certa não há volta a dar.. Podes não o escolher a ele como tantas vezes eu pensei em não escolher o David, mas isso e não escolher a felecidade para o resto da tua vida. E tu não queres isso pois não…Eu sei que não.

M – Eu sei que não mereco, eu sei que não devo ser eu a dar o primeiro passo, eu fiz tudo por ele, a minha vida girou em torno dele, e eu esqueci-me da mulher que sou para ser a mulher do Ruben, e ele é incapaz de ver isso. No fim de tudo ainda sou eu que lhe tenho que mostrar o meu valor? – getsticulava com os braços – Não Tania, ele deveria ver isso sózinho. Senão o “ate que a morte nos separe” não faz qualquer sentido. E agora vamso dar o fim a esta conversa..temos um jogo para assistir.

Eu admirava-a impávida e serena, como é que ela podia estar a reagir assim mediante toda esta situação, realmente a Marta era muito forte, e se no principio a duvida dominava de inicio toda a minha imaginação foi então que caí em mim e me coloquei no lugar dela..Sabia que era a primeira a quem ela tinha contado esta situação, notei o alivio na sua expressão de finalmente deitar tudo cá para fora, e culpei-me por mais uma vez não estar presente quando ela mais precisava, tem passado por tudo isto sózinha, pobre Marta, a porta fechou-se levando a Marta e fazendo-me cair na realidade. Apressei-me a mais uma vez a acompanhar, o barulho estridente das bancadas já se fazia ouvir, ela limpou as lágrimas e pos-se bonita e poderosa..como sempre! Aos nossos lados ficaram algumas caras conhecidas, o banco destinado a David ainda se encontrava vazio, olhei-o já sentindo a maior ansiedade no seu retorno, mas por outro lado a expressão da Marta me fazia despertar de qualquer fantasia. Foi então que ouvi o seu sotaque, o meu brasileiro acabava de chegar ao sitio, e comprimentava as pessoas com que se ía encontrando, vinha feliz e empolgado, os seus olhos pareciam berlindes que no meio de tanto aperto de mão procuravam os meus, e quando nos encontramos ele sorriu e tratou de despachar todos os comrpimentos, sentou-se ao meu lado, beijou-me a face e colocou a sua mão na minha perna.

D – Nossa amõ..que saudade da galera, continua todo o mundo igual – eu coloquei a minha mão por cima da dele, e o calor da minha perna intensificou-se. – sempre de sacanagem, mas tudo boa gente..ahhh tava morrendo de saudade mesmo – suspirou e encostou-se para trás no banco. Foi entao que o vi cair em si. Olhou todo o estádio e viu todo o vermelho que se alastrava nos mais de 60 mil lugares que estavam completamente preenchidos para o ltimo jogo da temporada. Voltou a suspirar de novo. – É tao bom tar de volta a casa… - senti o meu coração apertar, “casa” a maneira como ele apadrinhara Portugal, Lisboa e o SLB como sua casa. Beijei-lhe o ombro e encostei a minha cabeça nele de seguida, passou-me a mão pelos cabelos e senti um pequeno beijo.

Os aplausos, o barulho ensurcedor dos aplausos arrancaram o mais belo dos sorrisos ao meu David. Lá estavam eles,entravam em campo e gardeciam ao público, eu o David e todas as pessoas que nos rodeavam levantaram-se e aplaudiram com entusiasmo todo o plantel do benfica como se de herois se tratassem. Nesse momento nas grandes telas que se faziam pendurar nos vértices laterais do estádio mostraram o David, que naturalmente e ao seu jeito ficou completamente envergohado e embevecido, as suas fces mostraram um rosa mais intensificado e este escondia o sorriso nervoso para não se denunciar, a sua presença foi enormente aplaudida e ele muito gentilmente agradeceu e lançou um enorme beijo a “todo o mundo” na lingua do David. 

Os jogadores esses viraram-se na sua direcção e aplaudiram também o que o deixou ainda mais feliz. Ele mais uma vez acenou, agradeceu para de seguida se sentar. Eu sabia como ele se devia estar a sentir, qualquer um percebia no seu olhar..Ele tinha a alma nos seus olhos ninguem o poderia negar.

T – Estas bem ? – perguntei-lhe sorrindo e apanhando a sua mão de novo.

D – Tou optimo meu bem – olhou-me muito atento, pegou na minha face com as duas mãos puxou-a para si e beijou-me com muita intensidade, deixando-me sem folego, deixando-me fora de si, eu coloquei a mão no seu peito e deixei-me levar…Nada conseguiria para-lo, nas minhas mãos eu senti o seu coração batendo forte e descompassadamente, a adrenalina que lhe corria nas veias de todo aquele momento era contagiante. 

Quando as nossas bocs se separaram ele sorria, ele simplesmente sorria, e o momento foi interrompido pelo apito do arbitro, o jogo começara, e eu deviei o meu olhar cumplice e matreiro para o jogo…sentindo ainda nos primeiros segundos o seu olhar pregado a mim.

O jogo decorria normalmente, olhava a Marta e ela não reagia a nenhum momento, só notei uma ligeira difernça quando aos 33 minutos Ruben Amorim entra em campo. Ela mostrou-se mais atenta, mas nunca entusiasmda como já a tinha visto anteriormente. O David esse vivia cada momento como se estivesse dentrode campo, como se ainda fizesse parte da equipa.  Passado dez minutos da sua entrada e com um passe fenomenal o Ruben não perde a oportunidade e estreia o marcador. O David saltou do banco, festejou e eu só consegui ser travada pela falta de entusiasmo da Marta, claro que ele correu na nossa direcção, claro que apontou para nós…

M – Para mim não é de certeza…

T – Marta….

M – Não..já chega desta inércia, já chega de palhaçadas… - levantou-se decidida.

T – Marta o que vais fazer ? – senti a mão quente do David na minha perna.

D – Marta ce tá bem ? Ta precisando de alguma coisa ?

M – Estou…estou a precisar de desaparecer. .. – sem dizer mais nada seguiu caminho.

D – Ué – o david não cabia em si de tanto espanto, e inda confuso, meio que a rir, meio sério questionou-me – que é que deu nela ?

T – Eu tenho que ir, eu tenho que ir com ela, segue viagem com o Ruben, não sei o que vai acontecer – quando me preparava para me levantar ele puxou-me com força.

D – Eu não tou entendendo Tania, para onde voce esta indo ? Não vão com a gente ?

T – Não amor, não vamos e eu depois explico, por favor não te chateies comigo,tenho mesmo que ir senão percoa de vista.

Levantei-me e segui atrás dela incapaz de olhar para trás, isso iria fazer com que eu recuasse, a visão do 
David naquele estado. Corri ao seu encontro, para avistar os seus cabelos a esboaçarem ao fundo do corredor de saída.

T – Marta, espera Marta ! – o meu grito travou a sua marcha.
 
 M – Tania, volta para o teu David, deixa-me seguir.

T – Não sem antes me dizeres aonde vais e fazer o que…

M – Vou desaparecer, como disse, tirar um tempo para mim e pensar..

T – Não vás sem falar com ele primeiro Marta..Não vás assim desta maneira.

M – Não consigo ouvir a voz dele..não consigo esconder mais isto…

T – Então eu vou contigo.

M – Não, eu não vou permitir..

T – Comigo não tens que permitir nada. – dei-lhe a mão e fiz sinal a um táxi – Sei exactamente para onde ir.

M – E o David ? – a sua pergunta fez o meu coração derreter de mágoa.

T – Não te preocupes..Tudo acabará bem.

Quando chegamos a sua casa ela apressou-se a fazer as malas, no caminho expliquei-lhe toda a ideia. E com um telefonema de ultima hora consegui marcar duas viagens de ultima hora para o Brazil. O meu coração estava literalmente nas minhas mãos,mas eu tinha tudo controlado, na minha cabeça, já tudo fazia sentido só esperava que a vida não me trocasse as voltas. Com malas feitas, afastei-me dela com o pretexto de que iria ligar aos meu pais. O meu regresso ao Porto teria que ser adiado pelo menos mais uns dias. Engolia em seco, temia a recação do David. Quando o visor do meu telemovel se iluminou mostrava o numero do David “ 3 chamadas não atendidas” apressei-me em ligar-lhe de volta.

D – Ce quer me matar de susto Tania ? – foi desta forma que ele me atendeu o telemovel, engoli em seco – Onde ces estao ?

T – David tem calma, precisamos de conversa, calmamente, achas que pode ser ?

D – Claro que pode – acalmou-se – mas não sem antes voce me dizer onde esta e ceesta bem?

T – Eu estou optima, sabes que sim, a Marta é que não..Estamos em casa dela e do Ruben.

D – Ah bom, assim tá bom…ce me assutou, mas o que eu nela, para ela sair assim correndo, tou aqui esperando o Ruben, e não tou entendendo não.  Ela não esperou por ele..não me pareceram brigados.

T – Amor… - deu-se um silencio – amas-me ?

D – Tania.. – suspirou – ce sabe que sim, mais do que tudo na minha vida….. Me explica o que ta acontecendo que ce ta me assustando,e eu assim fico nervoso sem saber o que fazer..

T – Confias em mim ?

D – Claro que sim…mas me fala logo, fala para mim..

T – Nós estamos em casa da Marta sim, mas estamos de saída..

D – Como assim? De saída ? Não vão esperar a gente não ?

T – Não David , a Marta esta muito mal, tem a cabeça fora do sitio, acusa o Ruben de não a amar mais..

D – ce ta de brincadeira amor ? – notei o seu nervosismo

T – achas que estou a brincar, achas que brincava com uma coisa destas ? Ela quer sair daqui, não quer ver mais o Ruben e diz que precisa de um tempo. David a coisa esta grave ao ponto de não haver casamento…

D - Mas porque ? qual o porque de tudo isso ?
T - Ela diz que ele esta mudado, desmotivado, que não a deseja..que já não lhe toca da mesma forma como antes..não sei David mas tou mesmo preocupada.

D - Será que ela ta pirando ? de todo o stress do casamento ? Porque Tania, a gente não ta mais aqui mas eu sei que o manz ama a Marta senão nao casaria com ela....

T - Eu sei David mas ela precisa deste tempo e eu nao a posso abandonar agora..nunca me perdoaria...Mas não posso dizer mais...ela deve estar para descer, só quero que saibas que te amo muito e que me perdoes por aquilo que vou fazer..

D - De que ce ta falando amõ ?

T - Eu prometi que nao te abandonaria mais, mas vou ter que me ausentar durante uns dias..eu nao a posso deixar sozinha..

D - Ces tao indo para onde ? - a sua voz arrastava-se, triste, desiludido..

T - Queres mesmo saber ? Porque depois terias que mentir ao Ruben, e tu és incapaz de mentir, quanto mais ao Ruben...

D - Não quero que ce vá amõ... não quero ficar longe de voce..sem saber onde voce esta.

T - Eu tambem não queria, e vai-me custar imenso, nem imaginas mas tu farias o mesmo por ele certo ? E eu vou estar sempre pertinho de ti, mais perto do que possas imaginar, acredita em mim..

D - Quanto tempo Tania ?

T - Pouquinho meu bem, nem vais notar a diferença...

D - Claro que vou amo, já hoje sem voce na nossa cama...

T - Oh nao digas isso, fica tao mais dificil assim...agora tenho de desligar amor, a Marta esta a descer, amanha ligo-te sem falta para te explicar tudinho sim ? Vai correr tudo bem...

D - Me liga amanha Tania...mesmo, sem desculpa ! Vou ficar esperando..

T - Sim, amor... Cuida de ti e do Ruben. Logo estaremos todos juntos, espero eu.

D - Já tou sentindo sua falta..que droga.

T - Eu amo-te David, para sempre e só isso que precisas de saber...Desculpa ter-te estragado este dia tao especial para ti...

D - que nada meu anjo..eu percebo, eu espero sempre por voce, é só voce que eu quero. Eu txi amo, tanto..

T - Ate amanha, e espera pela recompensa..Adeus

D - Txau amõ.

Desliguei a chamada e encostei o telemovel ao peito, não sei qual seria a reacção do meu David quando soubesse o que estava prestes a fazer. Assim que rodopiei o meu corpo a Marta olhava-me a entrada da porta.

M - Tens a certeza...?

T - Claro minha querida, estarei sempre do teu lado.... - Batemos a porta de malas na mão, ela pensando que iria sentir paz, eu temendo que a minha acabasse.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Portugal

(Tania)

Estava diante do espelho do meu quarto, polvilhava a minha face com o meu pó, deixando-as ligeiramente mais rosadas. O meu quarto de hotel estava exactamente na mesma, ainda não tinha conseguido desfazer-me daquele conforto que na verdade a nivel monetária saía-me exactamente igual do que se tivesse casa própria e ali, nao tinha que me importar com a arrumação, limpeza, contas ou manutenção. Na minha opinião eu estava bastante bem instalada, já o David discordava bastante comigo... "amo ce não pode se deixar ficar num hotel para sempre" era o que ele argumentava sempre. ao contrário de mim, o David saiu do seu hotel passado dois meses de ter chegado a Londres, passou uns dias instalado em casa do seu amigo e companheiro de equipa, o Torres. Conheci-o devido as vezes que la fui a sua casa, um rapaz muito simpático educado e devoto al e qual o David. Havia momentos em que quando estes estavam juntos, me faziam lembrar os tempos em  que o David e o Ruben eram inseparáveis. AS saudades dos nossos amigos eram muitas. Desde a nossa chegada a Londres haviam passados 6 meses.. o telefone, e-mail e skype eram os unicos metodos que usávamos para matar saudades dos nossos familiares e amigos. Os pais do David estiveram em Londres com ele no primeiro mês. De inicio era apenas uma semana, preocupados com o filho estar sozinho alongaram a sua estadia mais uma semana. Por minha decisão estes não souberam que tinha-mos reatado o nosso amor,embora desconfiassem, porque diziam ter o seu David de volta. Ele insisti-a comigo para lhes contar, mas como tinha tido a mesma postura com os meus pais preferi agir dessa mesma forma, era só uma semana e pensava que aguentávamos bem , mas aí os pais dele decidiram ficar mais uma. Não consegui arranjar mais motivos que justificassem o meu receio ao David, e depois de um almoço o encontro deu-se,estivemos uma horas á conversa acompanhados de chocolate quente, a mão do meu David estava sempre bem perto de mim. Os seus pais mostraram-se muito felizes e orgulhosos do seu menino, ao contrário de mim não perderam um unico jogo do nosso numero 4...A chegada do David Luiz foi explosiva em Londres, ele tornou-se mediático, e eu fugia de tudo isso, talvez por isso não o presenteei com a minha assiduidade aos seus jogos. Ele acabava por compreender. Mas hoje era o dia em que tudo mudava, e decidi assistir ao seu ultimo jogo da época. Depois seguiríamos para Portugal, ainda a tempo de ver o ultimo jogo do Benfica. Estávamos ambos muitos entusiasmados.

Quando me sentei no meu lugar, senti um pequeno arrepio, a ultima vez que tinha ido a um estádio para ver um jogo foi em Portugal, e agora estava ali naquele enorme lugar, sentindo nenhum calor nem aconchego..Mas logo tudo mudou, e vi-o entrar em campo, o meu coração aquecia de orgulho e felicidade..Vi os esforços dele para tentar avistar-me mas nada feito..No meio daquela multidão ele nunca iria encontrar-me. Saiu-se muito bem o meu menino, fez grandes assistências, inclusive a que dera origem ao golo. Aos 72min foi substituido, quando isso aconteceu, decidi ir comer alguma coisa e espera-lo ás garagens do estádio, não seriamos vistos porque haviam duas saídas, uma com acesso aos fãs e outra directa ao exterior. Assim que o vi corri para os seus braços, envergava na mão um coffe late com ele gostava, trouxe-o para a viagem. Saltei para cima dele, o que fez com que ele deixasse cair o seu saco de desporto..cruzei as minhas pernas em seu redor e beijei-o o mais que pude..

D - Tá vendo amo, é por isso que eu quero que voce venha sempre, quero todo esse miminho depois do jogo.

T - David, tu recebes sempre todos estes mimos e mais algum sempre que chegas a casa, deixa de ser guloso - beijei-lhe a testa a desci para o chão, mas mesmo assim ele nunca me largou a cintura. - Agora vamos, as malas ja estão na bagageira do carro...

D - Ce ta tão ansiosa meu anjo - ele beijou-me a mão para de seguida a largar e dirigir-se para o lugar de pendura, quem tinha trazido o carro era eu, e conduzir á direita ainda não era o forte do David.

T - Parece que já os vejo a minha frente.. Imaginas a confusão que aquele dois não devem estar ? O casamento é daqui a pouco mais de um mês.

D - Nem vou acreditar quando vir o manz casando. - ele ria,imaginando todo o cenário - Aquele muleque.

T - As pessoas crescem David Luiz, ao contrário de si...a propósito, o video da tua brincadeira com a jornalista já esta no youtube.

D - Sério ? to querendo ver...foi engraçado.

T - Quanto ao Ruben, foi a Marta ..Aqueles dois desde que se viram nunca mais se largaram. - vi a expressão do David a fechar-se. De certo modo, as lembranças do nosso passado ainda carregavam a sua memória. Limitei-lhe a pousar a minha mão sobre a sua, á qual ela reagiu da forma mais carinhosa de sempre e me lançou um daqueles sorrisos. "Eu txi amo meu bem "

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Quando senti o avião aterrar, o meu coração encheu-se de alegria... Cheirava-me a Lisboa
"Chegamos...." olhava entusiasta pela janela e preparava-me para acorda-lo, virei-me para ele com toda a energia.."David..chega.." não consegui terminar os meus pensamentos porque a visão da sua serenidade a dormir arrebatou-me..olhava-o, como ele lindo, como ele era um anjo..o meu anjo querubim, os seus caracois perfeitos tornavam-no ainda mais angelical. Não consegui aguentar mais e tive que alcança os seus lábios de veludo, beijei-o, nao havia forma mais ternurenta de o acordar, e eu sabia do quanto ele gostava. O beijo porlongou-se pois eu nao conseguia parar, e já desperto o David continuou, agarrando na minha face e chegando-se mais para mim, a sua lingua explorava todos os cantos da minha boca, e as suas mãos agarravam-me de forma entusiasta. Quando nos afastamos ele ainda mantinha os seus olhos fechados e quando os abriu eu tive diante dos meus a imagem mais perfeita de toda a minha vida, que permaneceria nas minhas recordaçoes. Serio,muito sério disse sem esitar numa unica palavra.

D - Eu txi amo tanto... - sem que se arrependesse duma unica letra do que me disse, a sua expressao confirmava a unica certeza das nossas vidas..que nos amávamos um ao outro incondicionalmente.cerquei a sua face com as minhas mãos e olhei-o, foquei cada milimetro do seu rosto.

T - E eu a ti - o momento foi interrompido pela hospedeira.  - Chegamos a Lisboa David. - vi-o a sorrir.

Quando nos preparávamos para sair do aeroporto, o David trazia um capucho e óculos de sol, por via das dúvidas, não queríamos estragar a surpresa aos nossos amigos, parei diante da banca das revistas, fazendo o meu príncepe abrandar o seu passo.

D - Qui foi amo ?

Ele viu-me parada, estática olhando a capa de uma revista.. " Saiba todos os preparativos do casamento de Ruben Amorim e Marta Costa"  apontei parao titulo e sorri.

T - Já não parece um sonho amor. - juntou-se a mim puxando-me para prosseguir caminho.

D - Vem, a gente não quer chegar lá com eles já dormindo.. Logo, logo a gente ta no pé deles.

T - Já pensas-te na despedida de solteiro David? Como padrinho és o responsável...

D - já pensei em tudo..- sorriu maliciosa-mente.

 T - Hummm..não sei se gosto desse sorriso David Luiz...

D - Você logo saberá...

T - Não acredito que nao me vais contar...Então ?

D - Amorzinho, nao insiste não - beijou-me - agora vem, o taxi esta esperando...!

Entramos no Táxi e como já era habitual as nossas mãos uniram-se! Eu estava mais que feliz, o David era tudo aquilo que eu sonhava e mais. Os nossos primeiros seis meses eram um triunfo, um passo de cada vez.
 A casa deles começava a aproximar-se no horizonte, olhei para o David que me retribuiu o olhar e sorriu. "Já chegamos" murmurou.."
Pagamos ao taxista, ele abraçou-me a juntinhos dirigimo-nos a campainha. Tocámos, e logo ouvimos a voz do Ruben.

R - Sim.... Oh não acredito !!!! David ? Tania ? Vocês ??

M - Ruben, piras-te de vez? - ouviu-se a voz da Marta no fundo.

D - Oh manz abre aí vai, quero dar um abração em você. - dizia o meu David muito entusiasta. Depressa os grandes portões se abriram, e ao passo mais rápido percorremos o jardim de frente de casa. A porta de casa abriu-se, de lá saíram o Ruben e a Martinha, corremos para nos abraçar.

T - Oh minha pequena, que saudades - dizia abraçando-a.

M - Não acredito que tas aqui a minha frente - retribuía a minha sis.

D - Ce ta mais gordo cara de cí, vidinha de casado esta fazendo mal para você. - gracejava o David.

R - Tu é que estas um matulão, e eu ainda não estou casado..

T - Mas não falta muito, embora ao lado do meu David pareces um putuzeco... - sorri e dei-lhe um abraço.

R - Tens um grande homem contigo é o que é - respondeu-me e sussurrou-me ao ouvido " é um prazer ver-vos juntos"

M - Vamos entrar, íamos agora começar as provas do bolo de casamento, antes do Ruben ir para o estádio, vocs vêm ver o jogo ?

D - Claro, a gente tirou uns diazinhos antes de ir no Brazil, pra ficá um pouco com vocês, depois voltamos para o casamento e de novo para Inglaterra.

M - Uns diazinhos? espero que sejam um par deles.

D - Quatro Martinha, e ainda temos que ir para no Porto - nesse momento ele olhou-me enternecido.

M - OH estao tão feliz por estarmos aqui todos juntos. Ruben diz ao Mica levar as malas deles para dentro. Esta mais que decidido que ficam cá.

Durante a próxima hora e meia, ficamos sentados na grande mesa do jardim dos nossos amigos, á conversa.. a uma dada altura ja estávamos divididos, o Ruben ouvia atentamente tudo o que o David dizia e eu e a Marta confidenciávamos entre nós..

M - ainda não conversámos sobre o facto de não seres a minha  madrinha de casamento.

T  - Marta, não há nada para conversar, é tua irmã e a Diana merece muito mais que eu.   - pousei a minha mão sobre a sua.

M - Eu sei, mas tu sabes que és como uma irmã para mim também. És família..

T - Eu sei Marta, não te preocupes... No outro dia lembrei-me de uma coisa, mas não obtive resposta - baixei o olhar e peguei em mais um pouco de bolo - Quando estive grávida, eras tu a madrinha..dele ? - nesse momento percebi o silencio, percebi que o David e o Ruben já não conversavam entre si, e senti a mão do meu amor no meu joelho, olhei-o e vi-o demasiado concentrado em mim, como que se falasse com a minha mente. Como que se me perguntasse porque razão estaria a trazer de volta tais memórias tao dolorosas.

M - Não - a marta quebrou o gelo - a belle, irma do David seria a madrinha e o Afonso o padrinho, optimas escolhas na minha opinião.

D - Eu qui quis escolher a madrinha amõ... - o david arrastava a voz, fazia-se de forte perante tal desconforto que eu tinha causado, por isso tentei sair da situação.

T - E escolhes-te muito bem.. - sorri e dei-lhe uma festa na face - Bem Marta, adoro o de chocolate branco e framboesa. Se fosse eu era o que escolheria.

M - Hummm..já pensam nisso ?

T - Nisso...? - elevei a sobrancelha.

M - Em casamento ? - dizia divertida..

T - Não!

D - Eu já pensei nisso - disse o David ao mesmo tempo. Olhei-o duvidosa. - mas eu já sei que por essa daqui não será tão cedo. - segurou-me forte nos ombros e beijou-me a face. Corei.

R - Isso era o que pensava também, mas tive a maior surpresa de sempre meu irmão. - vi os dois pombinhos a darem as mãos.

D - Ué, quem sabe um dia deste você não faz uma surpresa dessa para mim - o David pegou na minha mão, e o meu coração encheu-se de ansiedade. Só me apetecia leva-lo para a nossa intimidade. Céus como amava aquele homem.

R - Bem vamo-no deixar de conversetas, amor vai arranjar-te para irmos embora, esta na hora e ainda quero ter o prazer de levar o David aos balneários e rever a malta, eles vão-se passar. - o olhar entretido do Ruben que nem criança, levou-nos a rir...Eu e a Marta subimos, o David disse que nao precisava de trocar-se iria só vestir uma camisola mais fresca.

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(David)

Ainda trazia um camisolão vestido,  já estávamos em Junho, já fazia muito calor. Sentia um pequeno nó na barriga, ansiedade de regressar ao meu estádio com a minha mulher. Me sentia com energia cm muita energia. por mim jogava a bola com eles ali mesmo. Sabia que isso não era possível. Desci e na sala já equipado o Ruben nos esperava encostado ao enorme sofá, envergando aquele fato de treino, que eu um dia já havia envergado também com muito amor e carinho.

R - Tira lá essa cara de cachorrinho. Também tens um.. - desmoralizava o Rúben.

D - ah não vem não moleque!! - démo um abraço sentido.

R - Como estas por lá ? Estas feliz ? - ele sorria, já quase adivinhando a resposta.

D - Como não poderia estar ? - coçei a cabeça envergonhado.

R - É bom ver-vos juntos...Vocês foram feitos um para o outro m.ano.

D - Tal e qual voce a Marta  - vi o manz sorrindo orgulhoso.

R - Saimo-nos bem meu puto. Quem diria, duas nortenhas!

D - Cara...ela me faz o homem mais feliz do mundo, mesmo quando não esta perto de mim..mesmo quando eu nao tou tocando nela...não é desse mundo não ! - suspirei 
E assim como que se a gente tivesse no meio de uma história e num timing perfeito, fomos interrompidos pelas meninas descendo.



Eu sabia que de um certo jeito, tava já habituado que ela estivesse sempre perfeita, maravilhosamente perfeita, mas os meus olhos se regalavam cada vez que pousavam sobre ela e eu me apaixonava de novo. Estendi minha mão para ela, e peguei ela em meus braços, nao quis saber de quem nos rodeava ou quem nos estava olhando, só queria sentir ela ali junto de mim. 
D - Tá a maior gata.. - sorria babadinho

T - É tudo para ti - a gente balançava um no outro, realmente não havia nem tempo nem espaço nem ninguem quando a gente tava junto...Como eu amava aquela mulher, como o cheiro dos seus cabelos se tornavam hipnotizantes em mim..

R - Pombinhos, vamos nessa.

D - Vamo - disse sem nunca tirar os olhos dela. 

Quando a gente tava chegando no estádio, logo nos percebemos da confusão que esperava os jogadores, era o ultimo jogo da época, e apesar do campeonato ja ser do fc porto, o meu estádio encheu. 

R - Estão preparados ? vamos a isso...

 O pior foi quando os caras perceberam que eu seguia no carro do Ruben, virou loucura, so se via flashes e o pessoa chamando os nossos nomes, encostei a cabeça da Tania em meu peito de modo a proteje-la. Notei que ela se assustou com tudo aquilo, depois de passada a confusão entramo nas garagens do clube.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vou fazer-te sentir o quanto te amo...

(Tania)

D - Ce já anda por esses corredores como se estivesse em casa - ele segurava a minha mão firmemente, sabia que o meu David estava a sentir-se estranho, fora de casa e ainda um pouco tenso.

T - Esta foi a minha casa nestes nos últimos 2 meses - sorri e tentei não dar importância ao assunto, e não relembrar um passado tão doloroso.

D - Para onde ce tá me levando ? - perguntou entusiasta e olhando-me nos olhos, adorava quando ele me mirava daquele jeito

T - Tou levando, você para jantar - respondi enquanto carregava no botão do elevador para nos levar para o piso de baixo - acho que ainda não tens noção o quão meu vais ser nestes próximos tempos . - sorri maliciosamente, esperando que a porta do elevador se fechasse.

Ele sorriu, um sorriso aberto e sincero, luminoso e contagiante..um sorriso como só o David Luiz consegue fazer e abraçou-me, envolveu a minha cintura nos seus fortes braços, que eu nunca me cansava de sentir, beijou-me levemente e afastou-me um pouco de cabelo que teimava cair-me na frente dos olhos.

D - Não sei do que gostei mais dessa frase, do seu sotaquezinho amoroso, ou quando você disse que era seu - eu estava encantada a olha-lo. Tao simples, tão humilde, tão perfeito...

T - David, eu vou provar-te o quanto te quero, o quanto te amo... - aquele adoravel sorriso voltara de novo o que despertou um sorriso ainda maior em mim. Os seus olhos brilhavam que nem pequenos pirilampos verdes.

D - Ce me ama ? - fomos interrompidos pela campainha do elevador, chegando ao piso 2 do hotel.Os nossos corpos separaram-se para dar lugar a entrada dos novos ocupantes no elevador.  Quando voltei a unir as nossas mãos, puxei-o um pouco para mim sem deixar de andar, e sussurrei-lhe..

T - "se te amo? A essa pergunta vais ser tu a responder-me - sorri e dei-lhe um beijo - Mas não agora, agora vamos comer. Ele ficou expectante..

Dirigimo-nos ao restaurante, e logo avistei o Tom.

T - Hey boss - comprimentei-o.

Tom - Tania, my dear how are you ? - disse levantando-se da cadeira

T - Oh, i´m very well as you can see - sorri-lhe abertamente, e olhei para o David, sorriu inclinou-se esticou a sua mão e cumprimentou o Tom.

D - Hellow - vi as suas faces a corar, mas não foi mais notório que  minha admiração.

T - Sabes falar Inglês ? sempre pensei que não.

D - Um pouquinho só..Fiz um curso, por altura do aniversário da Marta. - Logo, logo me lembrei da Loira que o acompanhava nesse dia, o dia de aniversário da Marta, o meu coração encolheu um pouco, e eu sei que a minha expressão facial não conseguiu disfarçar, algo que o David notou, e rapidamente deve ter tido a mesma lembrança que eu, pois depressa me apertou a mão, e os seus olhos mexiam loucos de um lado para o outro, interrogando-me de preocupação. Sorri e voltei-me de novo para o Tom.

T - Tom, this is David. - Tom pousou os garfos, e sorriu.

Tom - Oh, I get it..so this is the guy that you ran for, when you leave Portugal ? - corei com a sua afirmação.

T - Kind of... - olhei para o David, que esta parte já não tinha percebido, e pareceu-me confuso.."coitadinho" pensei.

Tom - But, you´re David Luiz, the new player from my Chelsea....- afirmou olhando-o atentamente - the world is really to small...well it was a pleasure my dear - deu-me um beijo na face e um aperto de mão ao David, que permanecia muito quietinho no seu lugar. - and Richard ? - Gritou, fazendo com que o gerente do restaurante aparece-se. - make this two the dinner of their lifes - piscou-me o olho e abandonou a sala.

Richard - Come please, i know just the right place.

Seguimos o Richard, ate á sala vip. Este fez questão de nos sentar na mais bela mesa da sala.

Richard - The menu will be in charge of chef Jim. Escuse me.

D - ah meu deus, tanta pompa, não estou habituado a isso não menina - brincou - ce já se dá muito bem com todo o mundo, me pareceu que esta muito bem instalada.

T- Sim, são muito boas pessoas e acolheram-me muito bem.  - olhei para o guardanapo e dobrei-o sob o meu colo, pequenas lembranças da minha chegada no hotel me assombraram durante breves segundos, tudo porque quando cá cheguei trazia o coração destroçado.. tratei de me recompor. - O que eu não sabia é que tinhas tirado um curso de Inglês. - escondi o meu rosto entre a carta do menu do restaurante. O David tratou de muito gentilmente tirar o menu da frente, voltando a encontrar o meu tímido olhar..

D - Olha para mim...ta olhando? - levantei os meus olhos e encontrei o seu olhar também - Não foi nada  de grande não - colocou a  sua mão em cima da minha - foi só uma coisinha simples, deu para ficar assim com uns toques.- encarei-o

T - Estas a falar do curso, ou da Inês ? - nao consegui, ignorar mais aquele assunto, afinal de contas nunca tínhamos falado sobre isso. O facto de ele ter estado com outra mulher ainda estava muito presente.

D  - Pocha Tania, temo memo qui falar nisso agora - deu um golo na sua água
.
T -Estas nervoso? - questionei-o - ou falar neste assunto incomoda-te assim tanto?

D -Não inomoda nada não - riu irónico, e deu novo golo na água - pode perguntar o qui quisé para mim.

T - O que foi afinal que voces tiveram ?

D- Nada, cumplicidade, conforto.. - ele olhava em volta da sala vip.

T - Ouve David, não te quero deixar desconfortável a falar sobre isso, mas se vamos ser um casal a sério, devemos poder conversar sobre qualquer coisa...e gostava de puder conversar contigo, sobre o facto de teres estado com outra mulher depois de mim.

D - Não fala assim, não foi assim...Eu não pensava que as coisas poderiam alguma vez voltar, o que a gente passou foi muito traumatizante, e a gente tomou nosso tempo...se afastou e a necessidade que eu tinha sua tomou conta de mim, a saudade me corroía, eu nao pensava direito eu nao jogava direito..eu andava meio que perdido., e aí apareceu Inês, ela é muito bacana, você ía gostar dela - revirei os olhos com tal afirmaç
ao - mas eu falei para ela desde início, ela nunca me ía ter, eu não poderia dar nada para ela que fosse mais que a minha amizade.

T - E vocês....só foram amigos ?

D - Sim a gente foi só amigo. - encarei-o, e ele fugiu com o olhar.

T - Nunca se passou nada entre vocês?

D - A gente ficou se é isso que voce quer saber.

T - Ficou do genero...ficaram a dar beijinhos ou ficaram a dar beijinhos na cama.

D - Tania, ce não me leva a mal, mas eu sou homem, adulto, acha que eu fico dando beijinho?

T - Pois acho que não, mas também não o que sentir ao facto de teres ido para a cama com outra mulher. Não gosto sequer de pensar nisso - tal ideia me revoltava e a dava volta ao estomago.

D - Foi sem significado, foi vazio..não trocava um minuto do que eu sinto quando estou com você por uma vida inteira desse negócio de estar ficando. Não faz parte de mim nem no que acredito. E você sabe..

T - Eu sei - eu sabia disso, sabia o bom homem que o David era, e que o aconteceu não seria mais do que acçoes de um homem amargurado. - Não quero saber mais dela, a partir de agora é só nós os dois.

D - Ce tem razão, agora é só nós os dois, e eu estou ancioso pelo futuro lindo que a gente tem na frente - sorriu, aquele sorriso meigo, que me enfeitiçava.

T - És lindo..

D - Ce é que é minha princesona.. - mandou-me um carinhoso beijo.

O resto do jantar correu maravilhosamente bem, estávamos envolvidos num ambiente calmo e romântico. Os constantes toques entre nós e as palavras de afeição rematavam todo aquele momento. O que me soube bastante bem, queria mostrar aquele homem que não havia motivos nenhuns para ter medo, eu estava ali e não ía a lado nenhum..Londres era nossa, e nós iríamos conquista-la.

D - Tava tudo tão bom meu amor, ce quer sobremesa ?

T - Quero mas não é aqui... Vem - ele deu-me a mão e eu lentamente empurrei-o até ao exterior do salão.Pisquei o olho ao Jim e ao Richard e saímos para fora do hotel. Assobiei e fiz sinal de modo a que um táxi se junta-se a nós...

D - Ce não para de me surpreender - disse o David gracejando enquanto entrava no veículo.

Sorri, o meu pequeno David, parecia uma pequena criança, admirado com tudo o que via, nao estando habituado a tantas mudanças, ah como ele me encantava, como parecia que com a sua presença tudo era tao simples e mágico.

T - Já alguma vis-te neve ?  Neve de verdade na tua mão ?

D - Moça ce ta falando com um brasileiro lembra ? Todo eu sou Sol, anda nem sei bem como me vou habituar a todo esse frio daqui - chegou-me ainda mais para ao pé de si, aconchegando-me no seu peito.

T - Então eu vou mostrar-te e tenho a certeza que vais adorar.. - sorri e deixei-me ficar, ele fazia pequenos remoinhos nos meus cabelos, não o via, mas por intuito sabia que olhava a pela janela muito atentamente, analisando a paisagem que os seus olhos deslumbravam..Londres era de facto magnifica no Inverno.

T - Chegamos. - levantei-me e encontrei o seu olhar brilhante, deslizei a minha mão pela sua face e dei-lhe um pequeno beijo. - vamos.

Saímos do Taxi e andamos pelo grande parque no centro da cidade. Varias familias faziam o mesmo que nós, acompanhadas de crianças ou com os seus animais de estimação. As arvores estavam carregadas, todos os seus ramos estavam cobertos de neves, e a relva tornou-se num grande manto branco. O David sorria, maravilhado.

D- Isso é tao lindo - vi-a a sua cabeça girar, tentando absorver todos os angulos de tao bela visão. Eu própia estava embriagada de alegria, e o meu peito torna-se cada vez mais pequeno ao ve-lo tão feliz. Rodiei os meus braços na sua cintura, como ele estava de costas apenas envolveu as suas mãos nas minhas. - Estou ansioso.. ansioso por começar de novo minha vida com você.  - ele rodou de posição ficando de frente para mim, viu-me a sua frente completamente apaixonada por ele, com um sorriso que iluminava o meu olhar. O meu nariz vermelho do frio que nos rodeava mas não se fazia sentir , foi aquecido por um beijo seu, rematando com o abraço caloroso dele, Deus, como estava feliz..

T - Vou amar-te..para sempre!! Eu prometo. - senti-o a intensificar o abraço. Ficamos assim ate nos satisfazermos de toda aquela proximidade.  Começamos a percorrer o parque, bem juntos, sem deixar que nem a brisa gélida de inverno se intrometesse no nosso meio. Vi-a como o David olhava para as crianças enternecido..Seguimos os dois como um só, preparados para enfrentar o melhor que a vida nos podia trazer!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Eu nao pude esperar mais, eu nao consegui aguentar nem mais um segundo.. O seu cheiro era tóxico, me levava a fazer as maiores loucuras. A sua imagem invadia meus pensamentos sem autorização, o meu toque em sua pele fazia as minhas mãos queimar e todo o meu corpo arder de tesão. Eu sabia que ela sentia tudo isso de volta, era só ver sua expressão de prazer cada vez que eu a tocava, a forma como se contorcia cada vez que suavemente eu deslizava as minhas mãos junto das zonas mais sensiveis do seu corpo.Os próximos minutos foram passados assim mesmo, com a gente rodopiando um em cima do outro, envolvidos ao  ritmo da paixão. Por fim ela se sentou em cima do meu corpo, eu tentava puxar ela de novo para mim, mas ela recusava sorrindo maliciosa mente, prendeu-me as mãos na cama e beijou o meu peito com três suaves e sensuais beijos, senti um pequeno e tímido toque da sua língua.  Soltei um suspiro de prazer, eu já estava naquele estado de tesão que só ela me conseguia deixar. Quando ela sentou-se de novo sobre mim, sentiu-o e eu sabia que estava bem duro, ela fechou os olhos trincou seu lábio e se mexeu majestosamente de forma a se ajustar sobre ele, se roçava em mim de uma forma tao louca como suave..Eu respirava aceleradamente, desconjuntadamente, num turbilhão de emoções..ela parou...me encarou...e deslizou as suas mãos no meu peito..eu tava ficando aflito pois o desejo de a possuir me consumia a cada segundo que passava. Ela levou as suas mãos á sua blusa, foi desapertando cada botão, deixando-se ficar apenas de sutiã, era inevitável, os meus olhos vidravam a sua bela imagem e gananciavam o seu toque, comecei por tentar levar as minhas mãos em sua direcção mas ela rapidamente me impediu. Eu olhei-a como que implorando água para a minha enorme sede....e ela sensual como so ela conseguia ser, retirou a ultima peça de roupa que completava o seu tronco..deixando os seu seios brotarem diante de mim..lindos redondos majestosos ! As minhas mãos desta vez não encontraram qualquer impedimento e chegaram ate eles. Eram do tamanho suficiente a encherem as minhas mãos. Me levantei e envolvi-a nos meus braços, eu os beijei, os lambi ate pequenas mordidelas eu lhe dei, ela gemia, crava as suas unhas nas minhas costas...se contorcia toda, me deixando louco de tesão. E ela, eu sentia-a que me acompanhava no mesmo passo naquela viagem louca de amor. Deixei-me ficar olhando nela, com as minhas mãos ainda em seus seios, sorri e ela me sorriu de volta.
Eu comecei por beija-la lentamente saboreando cada recanto daquela boca maravilhosa, mas como sempre acontecia, quando ela me tocava eu perdi o controle, cada vez que o seu corpo pressionava mais o meu.
Definitivamente ela me tirava a razão, deixei de beijá-la apenas para percorrer seu pescoço e colo com meus lábios,sentia uma fome incontrolável pelo corpo dela. Começou a tirar minhas roupas e à medida que abria os botões me tocava com seus lábios gélidos, e cada vez que se encostava no meu pescoço eu sentia os biquinhos dos seus seios roçando no meu peito, e aí eu me contorcia todinho.. me levava ao delírio, em instantes eu estava só de boxer. Ela se chegou bem juntinhos dos meus olhos e me encarou, senti a sua mão descendo e a pega-la, eu vi-a a timidez do momento no seu olhar, mas quando senti a sua mão quente junto do meu sexo, fechei os olhos e gemi, foi algo incontrolável. Senti o seus cabelos junto do meu ombro e ela me sussurrou ao ouvido.

T - És tão perfeito....


Eu não tava conseguindo nem pensar, queria retribuir, mas não conseguia falar, não saía nem uma unica palavra da minha boca.Ela se afastou de mim um segundo e quando colou seu corpo ao meu notei que estava já completamente nua, aquilo me enlouqueceu, com um movimento me coloquei por cima dela e comecei a beijar todo seu corpo, cheguei de novo aos seios e me deliciei com sua maciez e suavidade, meus lábios pareciam ter vida própria eu devorava os seios dela e agarrava as suas coxas puxando-a ainda mais para mim,ela gemia e eu ficava cada vez mais duro não conseguia mais me segurar, me livrei da boxer e então foi ela que me me tomou em sua mão, e sem qualquer tipo de protecção colocou-me dentro dela..eu quase pirei de tanto tesão...eu não pensava, era movido pelo instinto e meus sentidos apurados estavam a flor da pele, ela se abriu completamente para mim, me aconchegando e me conduzia num vai e vem dentro dela...quase morri!!

- Ahhh...Meu Deus – eu gritei e uma volúpia tomou conta em mim e comecei a estocar dentro dela cada vez mais rápido não conseguia me controlar eu gemia, ela gemia e a cada gemido dela eu me descontrolava mais. Eu sabia que o momento final daquele êxtase estava chegando e olhando para ela percebi que tambem estaria prestes a atingir o limite, a gente o alcançou junto, na mais bela e perfeita união.


Ficamos os dois deitados, tentando retomar de novo a normalidade das nossas respirações.Ela virou-se em minha direcção e ainda meio descontrolada arregalou seus olhos e disse.

T - De novo... - não consegui não rir

D - De novo ? - perguntei tentando perceber se era capaz..

T - De novo.. - saltou para cima de mim de novo, e fez o que ela tao bem sabia fazer..deixou-me louco de novo...Voltamos a ser um só em poucos minutos.


Deixei-me cair estatelado na cama, abria os braços e respirava fundo, ela se deixou cair sobre mim rindo que nem uma louca, eu pousei as minhas mãos em seus cabelos e a questionei.

D - Do que ta rindo ?

T - Estou a sorrir, não estou a rir - beijou o meu peito e inclinou-se sobre mim fitando-me de frente - Sorri-o de felicidade, de te ter assim para mim...2 vezes - gracejou

Dexei-me ficar assim cm ela, eu sorria de felicidade, de emoção..atava ali com a mulher que eu mais amava..

D - Vamo tomar um banho?

T - Queres que peça ao Tom roupa lavada para ti ?

D - Ce pode ?

T - Claro, põe a água quente a correr, eu já la vou ter contigo - deu-me um beijo seco nos lábios se levantou e foi de encontro ao telefone, vi ela nua..saindo da minha cama e balançando o seu firme corpo para longe de mim..me angustiei e fui de encontro dela, enquanto ela falava eu beijava seu pescoço e amarrava sua cintura.

Quando desligou a chamada,saltou para o meu colo.

T - Me leva contigo meu dõci - tentou imitar-me, eu ficando olhando ela todo enfeitiçado. Roçei o seu nariz no meu e levei-a para debaixo de agua.

D - Cê já pensou..nunca achei que a gente se fosse amar tão longe de casa..de Portugal..de Lisboa !

T - Estas com saudades já ? - ela esfregava-me as costas.

D - Nem quero pensar se voce não estivesse aqui comigo.

T - Quando soubes-te que vinhas? pensas-te em mim aqui ?

D - Foi tudo depressa de mais. Nunca pensei que o Benfica me fosse deixar seguir para o chelsea esta época. Mas quando o Jorge me ligou, claro..pensei logo que só podia ser deus mostrando para mim...

T - És tao perspicaz, tao esperto, tao lindo e perfeito..e agora...agora és meu !! - ela virou-me de jeito a ficar olhando para mim, eu vi a agua caindo no seu rosto, fazendo dela o ser mais perfeito da terra.  Eu estava calmo e sereno. Sorri e beijei ela.

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(Tania)


Eu sabia que estava a viver momentos mágicos, eu sabia que aquele maravilhoso ser me amava, mas então porque ele estava tão esquesito ?! Tentei não dar importancia ao assunto, mas a sua calma perante o meu entusiasmo de um encontro como aquele esta a inquietar-me. Vi-o vestir-se ao pé da janela, com o por de sol timido de inverno que se deixava espreitar na janela. Que bela imagem... Dirigi-me a ele,dei-lhe um beijo no ombro, e ele mesmo de costas, envolveu a minha cintura com os seus braços, e juntou a sua cabeça na minha.

T - Vamos jantar ? Conheço um restaurante maravilhoso..vais adorar!

D - Vamo sim - beijou-me o de leve e foi ate á cama e colocou a sua camisola grossa.

T - David - a minha voz trémula e recosa surpreendeu-o, virando-se de novo para mim, ficando os seus olhos verdes grandes de preocupação.- O que se passa ? Estas esquesito..

D - Nada não bobinha..estou apenas nostálgico, foi muita emoção no mesmo dia.

T - E tive o mesmo dia que tu, e estou aqui insuportavelmente feliz da vida...porque é que tu não estas ? - ele me abraçou forte, ficando esmagado nos seus braços.

D - Ce não diz mais isso Tania...Não sabe o sofrimento ? Não lembra o que eu sofri sem você? Não diz mais isso... - apertava-me ainda mais - É só que...

T - É o que? Diz-me.... - pedia eu receosa!

D - É que....eu não sei como fala para voce - o seus olhos transpareciam grande preocupação deixava-me aflito - eu não sei como falar sem estragar este momento.

T - David, diz-me, tu podes-me dizer tudo - eu abraçava-o, tentava reconforta-lo.

D - É que eu tenho medo... - levantei o meu olhar na sua direcção, ele, aquele homem de 2 metros estava mirrando que nem criança. - ce sabe...a gente volta a estar junto e depois, algo sempre nos separa. Não suportaria perder você de novo.

T - É esse o teu medo ? - suspirei de alivio - o teu medo é perder-me ? - Ele olhou-me e nada disse..não precisava de dizer. Eu sorri - Eu amo-te....eu vou mostrar-te que nunca mais fujo de ti meu amor1 Nada nem ninguém nos vai separar.

Ele olhou-me, sorriu e beijou-me...eu sorri, olhei-o de novo e acabei por o beijar.

T - Anda vem comigo...Tenho algo para te mostrar.


Espero que gostem, e por favor comentem... Tenho um pressentimento que as fics estao a acabar e as nossas queridas leitoras estão a desistir das nossas histórias! Espero estar errada. BEIJOOOOOO A TODAS *















     

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Entreguei o bilhete para a menina e entrei no avião. Havia tanto tempo que nao me sentia assim, sorrindo só por sorrir, porque me sentia feliz, sentia o coração pulando.. Sentei, encostei as costas e me preparei para enfrentar o voo, mas, sempre sorrindo...

Jorge - Tira esse sorriso estúpido da cara - disse sorrindo e apertando o cinto

D - Ah me deixa sorrir vai, ja não sorria assim faz um tempao...já na me sentia assim á muito tempo velho !

J - Amas mesmo aquela mulher - olhou-me sério - Não tenho dúvidas disso.

Limitei-me a sorrir, e silenciosamente lhe dei razão, fechei os olhos e senti o avião descolar. A pressão da descolagem quase esmagava o meu peito, ou seria a minha felicidade evaporando por cada poro meu ?! Estava ansioso, um novo clube uma nova oportunidade com a Tania, tinha tudo na minha mão..fechei-a como que estivesse a segura-la firme na minha mão.




.....................


O primeiro dia em Inglaterra foi duro pra caramba, eu não percebia pitada do que eles falavam, tive a primeira reunião com toda a direcção do chelsea, a tarde me levaram no relvado, tiramos algumas fotos, dei alguns autógrafos aos mais curiosos que me esperavam na saída, foi pela primeira vez que assinei David luiz  #4 me senti estranho e bateu uma saudade do meu Benfica....Estava cada vez mais inquieto, olhava sempre no relógio e nem sabia bem porque, quer dizer, saber eu sabia porque esperava que o tempo voasse e que ela voltasse para cá, me trazer aquele conforto de casa, ter ela nos meus braços de novo, numa boa sem pressões, num novo início para a gente.. Por vezes me sentia perdido, precisava mesmo que ela viesse para mim. Quando cheguei no hotel liguei para a Marta, tentando falar com a Tânia, atendeu o celular histérica, eufórica, claro já sabendo toda a situação.

D - Tem Calma Martinha, ce ta se atropelando toda garota - ela tava no maior piadão.

M - Estou feliz, estou contentíssima por vocês, eu sabia, eu sabia.. Eu sempre tive fé em vocês os dois - "Marta, é ele ? É o David?" ouvi a sua voz no outro lado do celular, de certo devia estar por trás da Marta e o forte desejo de ouvir a sua voz mais de perto consumia-me.

D - Pode passar para ela, queria muito falar com ela - tentei ser omais discreto e seguro possível.

M - Já me estas a despachar brazuca ?

D - Martaaaaa - alonguei a minha voz - por favor, tenho saudade.

M - Pronto, pronto...... - ouvi o telemóvel a passar de mãos. Um silencio de breves segundos se implementou, sendo logo quebrado pela melancolia na sua voz.

T - David ? - ouvi-a, era mágico ouvi-la chamar por mim, por isso pedi para mim que ela o voltasse a fazer - David? - não podia deixar de sorrir, um sorriso bobo, de menininho, mas era ela..era a minha menina chamando por mim.

D - Oi - tenho a certeza, que parecia o maior babadão de sempre - Como ce tá ?

T - Estou bem e tu ? Como correu o teu primeiro dia aí?

D - AH, foi muito cansativo, foi muito dificil, mas muito mais fácil de suportar do que aquilo que eu imaginava antes.

T - Vais ver que te integras num instantinho, as pessoas têm logo tendência em se apaixonarem por ti logo logo...

D - Foi assim que aconteceu com você ? - disse meio que sorrindo mas nervoso ao mesmo tempo.

T - Quase...foi quase assim - ela soriu, deixando sair um pequena gargalhada que encolheu meu coraçãozinho e me desejou te-la ali bem perto de mim.

D - Tá bom..vou aceitar essa resposta....

T - Já vis-te algo de Londres ?

D - Ainda não deu tempo não, e nao tou querendo ir sózinho, vou ficar á sua espera. Já sabe quando chega ?

T - Já,marquei voo, para amanha mesmo - despertei de admiração, não pensei que fosse tao cedo, amei a surpresa, fiquei parecendo um garoto festejando um golo em silencio - vou almoçar ao Porto com os meus pais e tenho o voo ás 15h00, o mais tardar as 17h00 estou aí.

D - Ta falando sério ? Nossa isso é bom de mais... Vou-te pegar então.

T - Não é preciso David, o Tom do hotel onde vivo já tem ordens para o fazer, e é melhor esperares por mim no hotel...

D - Pôcha Tania vou ficar morrendo de ansiedade, muito gosta de me ver sofrer.

T - Não estarás mais ansioso que eu David, mas é melhor assim.

D - Te dou a minha morada ? Ce vem ter no meu hotel ?

T - Não, desculpa mas é melhor não, tens a imprensa a perna, já vi que isso esta tudo em euforia com a tua chegada. Não vamos dar nas vistas.

D - Então como a gente faz?

T - Eu mando alguém levar-te ao meu hotel, e esperas-me no meu quarto pode ser ?

D - Tá bom, é como ce quiser.

T - Então ficamos assim combinados.

D - Sim tá bom.

T - Então até amanha...- a minha vontade de desligar a chamada não era nenhuma não mas eu asbia que tinha que ser, mas ela me presenciou da melhor forma que podia ter feito mediante a nossa situação - ......David....... - sua voz se arrastou.

D - Sim ?

T - Estou desejosa de te ver.

D - Ce nao faz ideia do quanto é bom ouvir isso. Fala de novo.

T - Quero-te ver, quero estar contigo, quero-te sentir.

D - Eu também Tânia, é o que eu mais quero nesse momento...Só quero que o tempo voe, estas horas vão ser as piores.

T - Logo, logo ja não vão ser quilómetros que nos separam mas sim escassos centímetros.

D - Não....não vai existir nada que nos consiga separar.

T - É tudo o que eu mais quero.

D - A gente se vê amanha então..logo,logo que voce chegue.

T- Sim...o mais depressa possivel..

D - Não estou conseguindo largar o celular- sorri.

T - Não desligues já...

D - Assim vai ser pior, temo que largar.

T - Então vai, vamos desligar os dois.

D - Tá bom..

T - Agora ?

D - Tá bom

T - Então ate amanha.

D - Ate amanha.

Não consegui desligar logo, mas passado uns segundinhos, poucos, a gente desligou no mesmo tempo.Suspirei e me deixei cair para trás na cama, fechei os olhos e me deixei cair no sono..A imagem dele foi a ultima coisa que ficou para recordar.

 .............................

J - Já paravas de olhar para o relógio, ainda vão pensar que não queres estar aqui - sussurrou.me enquanto a gente estava no meio de uma reunião com o Chelsea.

D - Me desculpe mas estou ansioso cara.

J - Eu sei, a Tania chega hoje.. - olhei para ele tentando imaginar como ele saberia disso - não notas-te que o teu motorista hoje era diferente ? Vai levar-te ao seu hotel quando saires desta reunião.

D - Certo, sempre atento voce, não falha não - brinquei com ele de forma a disfarçar o meu nervosismo.

O tempo foi passando bem devagarinho de forma  a ir matando todos os meus nervos. E ainda fiquei bem pior, quando falaram para mim na gala de apresentação do clube, ía acontecer no dia seguinte.. "Nossa , ta dificil de ter sorte" foi logo no que eu pensei.. Só queria um tempinho para a Tania. "Droga" .

16H30min, o meu pé batia, eu já roía unha e suspirava, mas tentava sempre me manter atento. Jorge estava notando minha falta de paciencia, e se mostrava divertido com isso. Quando nos dispensaram, saí correndo, o motorista me levou no hotel dela, mal saí do carro e avistei o seu sitio sorri, tinha tudo a ver com ela, um palácio para um princesa. quando me dirigi na entrada, me toquei.. " E agora ? Eu não sei falar Inglês"

D - Me desculpe - olhei para a recepcionista.

R - Yes, can i help you ? 

D - Hummm, Tania Duarte p-e-d-i-u      p-a-r-a   e-u    v-i-r   a-t-e   c-á  - tentei pronuncia as palavras o mais devagar possivel, mas mesmo assim o olhar dela era de confusão, acabei por me sentir um idiota.

R - I´m sorry but im not understanding you, hummm - ela ficava olhando para mim meia confusa, foi quando a vi desviar o seu olhar para cima em direcção á televisão, tava passando uma reportagem que noticiava a minha chegada no Chelsea, ela olhava para mim, depois de novo para a tv e depois de novo para mim, eu sorri. - OH, im sorry, David, David Luiz right ? 

D - David Luiz, sou eu - gesticulei pondo as mãos no peito.

R - I Have a letter for you, whait please. - desapareceu no balcão.

D - Moça, foi onde ? Caraca..não vai ser fácil não  avistei ela de novo - me assustou pensei que tivesse ido embora - vi ela pondo o portatil na minha frente, topei que estava escrevendo uma mensagem no google tradutor, estava confuso.."mas o que estaria ela fazendo?" foi quando virou o ecra para mim e vi a mensagem que ela escreveu traduzida para brasileiro, ela clicou na tecla para eu ouvir.
" Me desculpe nao ter conhecido você, David Luiz, Tania pediu para você espera-la no seu quarto, o numero é o 23 e este é o seu cartão " - ela estendeu-me um cartão, eu achei a maior graça a todo o empenho o da moça, sorri para ela e agradeci, gesticulei com o dedo de forma a ela esperar e retribui o seu gesto.

"Muito obrigado pelo esforço, vou subir, ate logo " sorri de novo, e ela chegou mesmo a soltar um sorriso menos informal. "23, é o numero do seu quarto" pensei enquanto subia e achava toda aquela situação planeada por Deus.

Quando passei o cartão na ranhura permitindo que a porta abrisse, me sentia nervoso, ía conhecer o espacinho dela, que em tempos a escondeu e reconfortou. O perfume a baunilha pairava no ar, eu sabia que ela amava esse cheiro ambiental, uma cama bem grande como ela gostava, me lembrava como ela adormecia que nem um anjo, mas depois curtia se esticar, e como as suas pernas acabavam por se encontrar com as minhas, deixei a minha mão deslizar na sua colcha a medida que avançava no quarto. Me sentei, deixei cair o eu corpo para trás e abri os braços, me senti numa pequena nuvem, fechei os olhos e ouvia o seu sorriso, sentia o seu aroma, uma tranquilidade me invadiu me envolvendo num sonho ainda que meio acordado. Senti os seus lábios, quentes, macios num leve beijo... "Estou sonhando"...pensava....mas o toque do seu nariz roçando suavemente no meu,parecendo uma brisa de ar quente, me fez despertar daquele transe, abri os olhos e ela estava ali debruçada na minha frente, a minha mão agarrou a sua cintura e puxei ela o mais que pude para junto de mim, ela passou a sua mão na minha face, e eu respirava ofegante, cadencioso pelo seu beijo, pela sua entrega a mim. 
D - Ce ta aqui - suspirei - ce ta mesmo aqui - sorri aliviado, e pousei a minha mão na sua tenra face, ela fechou os olhos e desfrutou o toque, se contorceu perante ele, eu tava ficando louco, louco de desejo por ela., mas todo esse desejo contrastava com todo o meu espanto perante aquela visão, não queria desviaro olhar dela nem por um segundo, queria imortalizar aquela imagem para o resto da minha vida. Seus cabelos soltos caiam graciosamente pelo seu peito, pelo seu perfeito busto que teimava em captar a minha atenção. A sua pele morena brilhante gritava pelo meu toque. Sentado em cima da cama , sem nunca tirar os olhos nem por um segundo dos seus olhos castanhos escuros e fortes, puxei lentamente as suas pernas de forma a que elas me rodeassem , mas fi-lo de maneira lenta de forma a poder apreciar cada milimetro das suas cochas. Ela colocou suas mãos no meus pescoço e me beijou primeiro de forma entusiasta diminuindo o ritmo de forma suave mas sensual, dominou completamente aquele beijo..Nossa, dominou mesmo ! Acabou por me olhar sorrindo.
T - Ola para ti também - sorriu e mordeu o lábio, ela tinha toda a minha atenção, eu me senti o maior babadão de todos os tempos, tava realmente embriagado com aquela mulher.

D - Oi - foi a unica coisa que consegui dizer. 

T - Esperas-te por mim muito tempo ?  - perguntou ao mesmo tempo que olhava os meus cabelos, e enterrava as suas mãos leves neles, eu sabia que ela me estava perguntando se estava naquele quarto a muito tempo, mas eu não me contive mais.
D - Tou esperando a tempo de mais - encarei-a bem nos olhos e apanhei-a a jeito de a virar, ficando por cima dela, ela entrelaçou as suas pernas em meu torno, me pressionando contra ela - Mas eu esperava todo o tempo desse mundo por você ! - ela me puxou pelo pescoço e me beijou....e minha nossa que beijo....