capitulo 11

Olhei para ele, ainda meia incrédula com aquela pergunta. Apertei-lhe a mão desviei o olhar e retomei o caminhar.

T – Acredito nos diferentes tipos de amor.

D – Há assim tantos ? – disse brincando

T – Alguns….

D – ué, que negocio é esse então?

T – Existe o amor de mãe, o mais puro e sincero, existe o amor de irmãos até mesmo entre alguns amigos, tenho amigos que considero e vejo como irmãos. Há o amor entre duas pessoas que surge sem avisar  e as devora… Aquele que é curto, há os amores impossíveis, que sabes que não os podes ter mas existem…. Enfim há diversas formas de amar – não quis continuar com aquela conversa.

D – Sim tem toda a razão, há diversas formas de amar, mas você acredita em todas elas ?

T – se não acreditasse não saberia que elas existiam… estiquei-lhe a mão de palma virada para cima.

D – Esta mendigando ?

T – Disses-te que eu levava o teu carro, estou a pedira-te a chaves. Confias em mim não confias? – fui-me encostando a ele.

D – AH você também é uma interesseira, so se aproxima de mim para vir mendigar, passou toda a noite sem me dar um beijo sequer…Agora também não dou a chave não, so quando tiver o meu beijo.

T – Então ta bem, podes ir tu a conduzir…- dirigi-me para a porta do outro lado do condutor.

D – Ahh assim tão fácil? Fraquinha…

Não lhe quis responder, limitei-me a olha-lo e sorri de uma maneira diferente, pensei para mim “ fraquinha?? Não acredito que disses-te isso, vais-te arrepender dessas palavras.”

T – Como quiseres..

D – Tania – gritou – tem a minha vida nas suas mão  - disse atirando-me a chave do carro., apanhei-a e voltei a dar a volta ao carro desta vez com a chave na minha mão. Aproximei-me dele passei-lhe a mão no colarinho da camisa e disse-lhe bem baixinho “ podes sair da frente, tenho um carro para conduzir” e afastei-o. Entrei no carro, puxei o banco para a frente pus o cinto, olhei para o lado e ele também já estaria sentado ao meu lado, liguei o carro e disse.

T – vamos ver quem é a fraquinha agora ? – ainda não tinha acabado a frase e arrenquei com o carro, tinha bastante confiança a conduzir, acelerei sem olhar para o David uma única vez, senti um sentimento de segurança e poder, como se eu mandasse ali. Meti mudança e voltei a acelerar, já passava os 130 e sorri.

O David estava aramado em valentão e não dizia nada mas eu notava que ele estava nervoso. Liguei o rádio e procurei uma musica no seu cd.

D – cê não ta olhando para a estrada, deixa que eu faço isso.

T – não – bati-lhe ao de leve na mão – eu escolho, continuei a procura e parei em revelação – Adoro este grupo, já os vi uma vez no carnaval de , estou todos os anos lá ao carnaval.

D – não há carnaval como o do Rio.

T – pois não, mas eu não trocava o meu  nem por nada.

D – isso é o que vamos ver…  - e pos a musica mais alto de modo a que eu não pudesse responder.

Chegamos a casa dele, estacionamos o carro e dirigimo-nos para o elevador. Toquei no botão ele colocou-se atrás de mim e envolveu-me carinhosamente a cintura. Enquanto esperávamos surgiram mil pensamentos.. “ já te mostro quem é a fraquinha.”

O elevador chegou, parou e nos entramos. Encostei-me de frente a ele e fixei os meus olhos no seu peito, passei ao de leve as minhas mãos por ele e desviei o olhar para ele. Ele observava-me atento, e curioso.  Eu cheguei-me para trás sem tirar os olhos dele, carreguei no botão de emergência e o elevador parou. Trinquei o lábio e passei as mãos no meu pescoço. Ele permanecia encostado a parede a olhar para mim, mas sentia a sua respiração e o seu coração a bater mais forte. Eu sorri e voltei-me a aproximar dele mas desta vez virei-me de costas , pus o meu cabelo de lado e disse-lhe “ importas-te de apertar o meu vestido? Penso que o fecho se abriu um pouco.” De imediato o David encostou a sua boca ao meu pescoço e agarrou os meus ombros com as suas mãos, eu levemente desencostei-me dele e voltei a repetir o que lhe tinha dito…

D – eu vou tirar ele, não vou apertar não – disse enquanto me agarrou pela cintura fortemente e puxou-me contra ele, ainda de costas senti o seu pénis já duro contra o fundo das minhas costas, “ missao cumprida” pensei eu, dirigi-me ao botão do elevador e voltei a carregar nele . ele olhou-me confuso e envergonhado.

T – Fraquinha?? Quem é fraquinho aqui és tu, so precisava de ajuda com o vestido e tu ficas-te logo……com vontade de mo tirar – disse meio que troçando dele.

O David não me respondeu, simplesmente olhou para o chão sorriu levemente e abriu a porta de casa, entrou e disse-me.

D – fique a vontade. Vou tomar um banho, frio de preferência…

Fui a cozinha, bebi um copo de agua e ri-me de toda aquela situação, dirigi-me para a sala e descalcei os saltos, pensei em ir ate ao quarto dele e vestir qualquer coisa sua uma vez que não tinha levado nada.

T – David, emprestas-me uma camisola das tuas outra vez ?

D – pode pegar o que quiser…esta aqui no quarto.

Fui ate ao quarto, abri o armário e tinha achado uma bem quentinha e fofinha. Virei-me e dei de caras com o David a sair do banho, apenas com uma minúscula toalha enrolada a cintura, ainda escorria em agua, e não consegui desviar o meu olhar daquele corpo alucinante. Cada milímetro perfeito dos seus abdominais, os seus braços compridos e detalhados e as suas pernas musculadas que transpiravam força. Percorreu-me um arrepio de desejo por todo o corpo.

D – é essa ?

T – o que ?

D – É essa camisola que voçe vai usar?

T – é sim, se não te importares – disse isto e virei a cara, já não podia olhar mais para ele assim, estava a faltar-me o fôlego e ele reparou, tinha que ter reparado…senti-o a mexer-se e a vir na minha direcção!

D – E agora ? vai querer ajuda para tirar o seu vestido? – disse enquanto me agarrava pela cintura.

T – Sim… - eu estava completamente a nora de desejo por ele, era inexplicável, não estava de todo a ser racional.

Ele agarrou com força a minha cintura, estremeci, deslizou as mãos mais para baixo acariciando as minhas coxas e foi subindo, o meu coração palpitava e ele se continuasse ia perceber  o quanto eu estava a desejar.

D – confia em mim? – sussurrou-me na orelha enquanto a mordia e a lambia cuidadosamente.