sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Capitulo 4


Quando senti a mão do David a puxar-me, estremeci  se ele me pedisse para falar ficaria engasgada, odiei sentir-me assim e rapidamente pensei em recompor-me. Acorda Tania, não te deixes envolver pensei e disse para mim mesma 50 vezes. O David abriu a caixa do correio e tirou de lá a correspondência nela vinham imensas cartas.
T –caramba, cartas para aí não te faltam é todos os dias assim?
D – um vez por semana, o Júlio meu agente e responsável pela minha promoção me manda a correspondência das fãs.
T – claro que há um prévia selecção, não acredito que só tenhas recebido 10.
D-  Sr. Instrutora tá dizendo que eu sou giro? Voçê me acha giro? – disse sorrindo atrevidamente, acabando por morder um pouquinho do lábio e batendo com as cartas na mão, fixou o olhar em mim.
T – ouviste-me a dizer isso ? sei perfeitamente que ate  o jogador da bola mais feio do mundo receberia mais que dez cartas por semana! E para alem do mais nem te sei dizer bem, não fazes o meu tipo – disse-lhe pegando nas cartas e fixando o olhar nele – é para subir ou não?
D – eishhhh- pôs a mão ao peito e inclinou a cabeça – essa não foi legal não!- chamou o elevador .
T – estavas a pedi-las- disse esboçando um leve sorriso, também não queria ser dura demais com ele.
D- Agora me intrigou, me fala como é que é o cara ? o seu tipo de homem?
Tania engoliu um pouco em seco mas disfarçou bem, fez assim uma cara pensativae fixou o olhar nas mãos dele.
T- No entanto tens umas mão lindas - para desconversar  
D – no que voço foi reparar, assim não olha para os meus pés não, são monstruosos!
T- é um das coisas que mais gosto de ver num rapaz não era isso que querias saber?
D- Bacana, engraçado nunca ninguém me tinha falado numa coisa dessas.
O elevador parou…saímos ele meteu a chave na porta e abriu as mãos como se estivesse a dar-me as boas vindas, eu entrei fui olhando para a casa ele í atrás de mim, continuei o meu raciocínio..
T- Sim são as mãos e as costas as partes preferidas de homem.
D- porque? Nessa altura senti a sua presença bem mais perto de mim, virei como se estivesse a dar uma voltinha o que fez com que as minhas pernas se cruzassem brevemente. Ele pôs as chaves em cima de uma mesinha que la tinha e voltou de imediato a olhar para mim…o meu coração acelerou.

T – Então envolvo as tuas costas com as minhas mãos, tu envolves as minhas costas com as tuas. Acho que as costas têm muitos pontos que podem ser explorados capaz de te fazer arrepiar da cabeça aos pés…aos teus pés monstruosos disse em tom de brincadeira.
D- Então e vamos experimentar? – Aquele sorriso matreiro empolgava-me…
T- hum..não percebi desculpa não percebi onde encaixar aquele comentário.
D – você falou em minhas costas e suas costas…
T- David era apenas uma maneira de falar – corei e virei costas, para pousar a minha mala no seu sofá. Ele segui-me a perguntou se eu querias alguma coisa eu disse que não muito obrigada. Foi buscar a pomada e lançou-a para as minhas mãos.
D- vai me ajudar por favor ?
T- claro senta aqui.
Senta-mos no chão em frente ao sofá eu pus-me muito delicadamente de joelhos e ele sentou-se abriu as pernas e pôs uma mão em cada lado das pernas com os cotovelos apoiados nos joelho, estiquei o braço e da minha mala tirei uma bandolete, disse -  agora vais precisar de fechar os olhos – ele obedeceu com muita serenidade. Eu coloquei-lhe a bandolete e ele soltou uma gargarlhada.
T- são os caracóis, tão a atrapalhar não os quero encher de creme- disse muito calmamente e baixinho.
Fui espalhando a pomada com todo o cuidado possível …
D- você ainda não me falou…. Qual é o seu tipo de homem, agora fiquei curioso.
T- É complicado responder essa pergunta, nunca gostei muito de loiros nem de musculados – gosei-  daqueles excessivamente – rematei! Gosto de um homem que tenha o seu toque pessoal, que mostre algo que eu nunca tenha visto, gosto que saiba brincar que ainda tenha uma crianças dentro de si para juntar a minha- esbocei um sorriso – que me consiga confortar só com um abraço, que me deixe conduzir o carro dele, que goste das minhas amigas. Quero um homem com quem possa sair a noite e beber uns copos, um homem que guarde mistérios para eu resolver, que construa uma historia comigo que a guarde num notebook e mais tarde me leia quando me esquecer nas altura mais difíceis dos capítulos da nossa vida que já ultrapassamos juntos… Vi que ambos tavamos a deixarmo-nos perder pela conversa, e nos estávamos a embalar por aquele momento nostálgico mais um vez, pensei logo que não poderia ser, entre mim e o David nunca poderia acontecer nada…
Continuei, mas desta vez num tom bem diferente.
T – não gosto de homens que dem nas vistas , acabam por se transformarem nuns tontos, habituados sempre a tanta atenção acabam sempre por perder toda a graça e no meio esquecerem-se  da beleza da simplicidade. Não gosto instabilidade, deixa-me nervosa, não é que goste da rotina mas gosto sempre de saber controlar mais ou menos a minha vida, o imprevisível deixo para as aventuras mais românticas – disse num tom mais brincalhão –detesto mentirosos, qualquer pessoa que me traía a primeira vez não me trai a segunda porque nunca tem uma segunda hipótese. E não gosto de caracóis, gosto de cabelos mais por rapadinhos curtinhos – disse fechando a pomada e largando um sorriso, não queria fechar o discurso num tom mais sério.
O David abriu os olhos e respirou fundo, desta vez não se riu, fixou o seu olhar em mim, mas não para os meu olhos, foi-me olhando, senti que estava observar cada centímetro meu. Com a mão tirou uns cabelos que pousavam o meu ombro deixando-o completamente destapado, fez-lhe uma festinha com o indicador. Juntou as suas mãos  aos cotovelos, inclinou-se para a frente e pousou o queixo nos seus braços, finalmente olhou para cima e exclamou com uma voz suave que me fez arrepiar.
D- Eu dou nas vistas, eu chamo a atenção porque sou famoso devido a minha profissão, mas eu amo a simplicidade, minha vida não é totalmente instável, pelo menos os meus princípios de vida, eu é que sou estou sempre viajando, mas o meu coração e a minha alma estão sempre no mesmo sitio naqueles que eu amo… Nunca traí e nunca o vou fazer, penso que quando se esta numa relação é porque se quer e se ama, não há necessidade de procurar fora de casa aquilo que voçe pode ter todos os dias e retribuir. Os caracóis, ué, garanto se você começar a gostar não vai querer outra coisa- soltou um sorriso meigo.
T – duvido, mas nunca digo nunca!
David olhou-me de uma maneira diferente, como nunca antes tinha olhado, senti-me bastante exposta, mas fiz-me de corajosa e desentendida, eu continuava na ideia que não se poderia passar mais nada entre nós, não pensava como Marta, detesto pensar em mim como uma conquista fácil..adoro a suspanse, ir a luta e dar a cara, não era assim com meia dúzia de palavras, eu sabia que David era dotado de uma magia em si..enfeitiçava qualquer presença ao lado dele, ele estava a mostrar-me algo que eu nunca tinha visto!!!
Mas não chegaria, não seria o sufeciente……

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