capitulo 25

Deixei-me ficar assim deitada no sofa, na verdade estava-me a fazer bem, estava pela primeir vez depois destes ultimos dias infernais em paz e sossegada, e com o David ali a apoiar-me.. Ele voltou com o meu pijama quentinho e confortavel nas maos..

D - ce troca, deve estar com frio e desconfortavel com esse vestido, apesar dele ficar lindamente em voce, me deixou com o coraçao parado com vi - disse sorrindo..

T - Obrigada, foi mesmo com essa intenção - disse muito seria.

D - Ce ta de sacanagem comigo é ? quer me fazer sofrer ?

T - Queria que visses bem o que perdes-te - nesse momento levantei os olhos da tv e encarei-o

D - Eu nao perdi voce nao, isso é o que pensa - nesse momento ele tambem ficou serio e pousou o seu olhar no meu.

Nao respondi a sua provocação e fiz-lhe um gesto para ele se virar..

D - ué para que ?

T - quero me trocar, vira a cara.

D - Já conheço cada canto desse corpo que eu adoro, e penso nele a toda a hora por isso nao ha nada que voce me possa esconder nao, mas ce o que voce quer eu viro sim - estava com uma moral que me começava a irritar, talvez porque eu soubesse que era verdade.

Enquanto ele estava de costas aproveitei para aboradar um assunto que eu saberia que me incomudava.

T - Já tens destino ?

D - oi ?

T - Já sei que vais sair do Benfica e de Portugal, já tens destino ? - ele voltou-se e apanhou-me so de roupa interior, o seu olhar percorreu-me e senti-me tremer porque aquele olhar estava cheio de desejo e saudade..

D - ce é linda, eu te amo.... - a sua figura estava esbelta ali a minha frente, ele lindo perfeito e sereno olhava-me como se fosse uma pedra preciosa, ele deu uns passos em frente e ficou bem perto de mim, eu nao me consegui mecher e o meu olhar prendeu no dele, vi as suas maos pousarem no meu rosto, o seu toque era leve que nem o de uma flor, os dedos dele estava meninciosamente a tocar a minha face foi descendo ate aos meus ombros, deslizando para os braços, senti-a o seu toque como um arrepio de tao leve que era, pousou na minha cintura, e sussurrou no meu ouvido " eu te amo" rodou as suas maos e deixou-as descair na minha barriga, fez-lhe umas festinhas e fixou o seu olhar nela.

D - O meu destino sao voces os dois, nao ha nada que eu queria mais.. - fiquei atonita com o que ele dissera, como eu amava aquele homem, tirava-me do serio..mas eu nao podia esquecer todas as minhas prioridades, a minha moral e principios e do fundo do meu coraçao de gelo fui buscar forças para lhe pegar nas maos e dizer...:

T - Nao podes pensar que ja existem em mim duas pessoas, só existo eu, e eu nao sou tua..ainda nao decidi e a decisao tambem é minha, vais-me perdoar mas nao penses que ja esta decidido, e muito menos esquecido... Para alem do mais, vais seguir em frente com a tua vida e carreira..vais abrir as tuas asas e voar, nao vou ser eu que tas vou cortar..Nunca !!

D - Nao diga isso para mim, é como se me matasse aos poucos, olha para mim - pegou-me nos braços - no fundo do meu olho e diz que nao me ama  - a sua cara reflectia desespero, ele nao sabia que resposta eu lhe ía dar - diz que nao me quer.. me diz com toda a verecidade de suas palavras..me magoa vai, nao o que ce adora..

T - è claro que te amo, é claro que te quero, nao penso noutra coisa a toda a hora...no teu cheiro, no teu toque, na tua pele, desejo-te sempre, nao para e nao consigo fugir.. - ele nao me deixou acabar puxou-me contra si e beijou-me com toda a força que tinha, ardeu..os seus labios arderam contra os meus, a sua respiraçao batia contra a minha e os seus braços rodeavam-me com segurança, alternavam-se entre as minhas costas e a minha cintura, as suas maos voltavam a subir para a minha cara e pousaram no meu pescoço, e quando os nossos labios se afastaram senti-me vazia e fria... - e por te amar tanto, nunca te conseguiria olhar nem me perdoar ao saber que te prendias por minha causa, porque eu tambem tenho as minhas necessidades e sou incapaz de por a minha carreira de lado para me tornar mãe, ou dona de casa... Perdoa-me mas eu nao quero ter esta criança e tu nao me podes obrigar..

D - Nao diga isso..por favor - começa a chorar e senta-se no sofá.

T - Já me decidi... - virei as costas e dirigi-me a casa de banho.

Sentei-me no chão, da casa de banho  e chorei desalmadamente, ouvia-o a chorar tambem, sabia que nao podia ser, o amor nao chegava tinha que ser forte por mim e por ele..eu sabia que ele nunca iria recusar aquela criança..criança para o David é sonho, mas nao agora nao tao cedo, arruinaria com a vida dele e a minha..Liguei ao Afonso entre muitas lagrimas e disse-lhe.." Marca ja para amanha" ele tentou convencer-me em vão, "Afonso, promete-me que vais tar la comigo, nao consigo fazer isto sozinha.." Ele ía la estar comigo..fez-se silencio e desliguei o telefone, quando voltei a sala ele ja la nao estava...O david tinha ido embora..